Contrato nada atraente
A bomba parece ter explodido antes da hora para o IPMC e o funcionalismo público. Já há bom tempo um dos temas em debate é o plano de saúde dos servidores, que é parcialmente custeado com recursos públicos e, exatamente por isso, contestado pelo Judiciário. Todo mundo sabe, portanto, que tal benefício, da forma como é feito, está com os dias contados.
O que ninguém sabia é que não haveria empresas interessadas na nova licitação aberta pelo instituto de previdência, ou seja, ao que parece tal contrato não é atrativo para as operadoras.
As duas principais que disputam esse mercado na cidade, aliás, devem saber bem do que se trata, já que ambas prestaram esse serviço por bom tempo aos funcionários municipais.
Apesar de tudo, a contratação envolve grandes números: o IPMC tem seguradas 7.753 vidas, entre servidores, dependentes e agregados, e se propõe a pagar R$ 16,5 milhões por ano pelo serviço. A solução para o caso deve passar por repasse de custos e aumento dos preços dos fatores das consultas, onerando os próprios trabalhadores.
Será preciso decidir até quanto pretendem ofertar e quais (novas) condições serão oferecidas às empresas do ramo, a fim de reconquistá-las. Poderá ser uma luta inglória, quem sabe? Mas pode ser que o IPMC, ao final, tenha sucesso na empreitada. Ainda que isso tudo não signifique que o plano de saúde, digamos que coletivo, será duradouro.
Autor