Contraponto ao artificial

Em tempos de isolamento social e em que a Inteligência Artificial ganha espaço, seja para vídeos fúteis nas redes sociais ou por funções de real importância, como o atendimento virtual recém-implementado pela Prefeitura de Catanduva com a criação da assistente virtual Caty, ganham cada vez mais importância as atividades culturais pautadas na realidade. Festas, exposições, peças teatrais, atividades esportivas e outras que integrem as pessoas e as façam interagir e se virem próximas umas das outras. Somos seres sociais, coletivos e essa característica precisa prevalecer a fim de que não adoeçamos, tal como fartamente visto durante a pandemia do coronavírus. A solidão e a depressão são males do novo século que precisamos enfrentar. Por isso, aproveite as opções culturais que a cidade e a região oferecem e alimente sua alma de conhecimento. Escolha os shows musicais nas praças públicas da região, os espetáculos teatrais dos domingos do Sesc ou mesmo a exposição sobre o Chaves e o Chapolim em Rio Preto, não importa. O importante é estar atento às oportunidades, sobretudo as gratuitas, e levar a família e sobretudo as crianças para passear, afastando-as das telas e valorizando a saúde mental de todos. Não esqueça de completar a receita com bons livros, que também nos fazem voar, mesmo sem sair do lugar. O artigo sobre a febre recente dos bebês reborn, que compõe esta edição, também ilustra o que estamos falando. Nele, o professor doutor Daniel Medeiros lembra que a "loucura” que está tomando conta do mundo não é outra coisa senão um clamor por humanidade. Temos que buscar por um contraponto ao artificial que se impõe, com Alexas e ChatsGPTs, para nos fazermos mais humanos e desfrutar do que nós mesmos somos capazes de oferecer com nossas artes e criações. Que a vida real que existe lá fora sempre prevaleça.
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