Consciência ou a falta de...

Muito embora estejamos na semana da Consciência Negra, que fora comemorada no dia 20 de novembro, quero ampliar este debate. Nordestinos e a xenofobia, homossexuais e o preconceito de gênero e é claro, o preconceito racial.

Até pouco tempo atrás achava inaceitável que em 2022 ainda estejamos debatendo sobre os crimes raciais e os preconceitos em si. Mas infelizmente, temos visto uma grande e ascendente corrente preconceituosa que, por motivações das mais nojentas possíveis, tende a destilar seu ódio a estas pessoas.

É inaceitável ofender criminosamente uma pessoa ou uma região toda por motivações políticas, é intolerável ofender a dignidade da pessoa como forma de “brincadeira”, é impensável preconceber o outro como ladrão pela cor da pele... Com a ampliação do uso das redes sociais como forma de comunicação e de “verdades absolutas”, a forma indiscriminada com que se tem propagado o ódio é inacreditável. Todavia, ainda pela pouca fiscalização ou pela falsa ideia de liberdade de expressão, ainda são comuns tais atos absurdos.

O preconceito e a discriminação no Brasil não é novidade e tratar deste tema nunca é demais e não cessa nunca, o respeito à dignidade humana e aos direitos humanos universalmente aceitos devem ser pauta em todos os ambientes, da escola às empresas. A discussão não deve ser pautada por conta de um dia ou de uma semana, mas deve ser vivida e vivenciada em todos os setores da sociedade para que o combate seja efetivo.

Uma sociedade humana e ética deve pautar pelo respeito às diversidades, aos povos, aos costumes, à opção sexual, às escolhas que cada um faz. Ofender, denegrir, ameaçar, agredir, discriminar, mostra muito mais do seu caráter do que imagina e mais, denota a falta de civilidade, de humanidade, de amor que falta em você.

Autor

Eduardo Benetti
Professor Recreacionista em Catanduva