Evoluir sempre foi uma marca da nossa espécie, cujas capacidades foram sendo aprimoradas ao longo dos anos de forma que possibilitasse ao homem se tornar capaz de sobreviver nas mais diversas situações, sejam climáticas, sejam em confrontos com animais selvagens e outros hominídeos.

Nosso cérebro evoluiu a ponto de possibilitar a comunicação pela linguagem materna, de formar sociedades, de construir objetos, casas, roupas etc. Isso possibilitou ao homem avançar um patamar de animal racional, uma vez que estas características não são observadas em outras espécies, mesmo as mais próximas aos homens, como os chimpanzés.

Com o avanço evolucional do homem, a ciência também tomou novos horizontes, avançando constantemente, permitindo soluções quase que imediatas para diversos problemas do cotidiano. Dessa forma, evoluir, aprender, conhecer são processos inerentes aos seres humanos. Entretanto, conhecer muito, sem aplicar, sem contribuir e sem dividir é mero orgulho tolo, uma sapiência vazia e inócua.

O conhecimento deve ser propagado, atingindo outros que têm em seu cerne o desejo de continuar evoluindo, deve impactar a vida daqueles que nos rodeiam, mudando os panoramas sócio-históricos estabelecidos e romper com paradigmas cristalizados na sociedade.

Na contramão desta premissa há aqueles que permanecem estagnados, os avanços em sua vida suprem a energética da vontade de continuar a construir conhecimentos. Estes também, orgulhosos daquilo que possuem, não aceitam novas ideias, novas propostas, novos caminhos. Talvez numa nostalgia tola, não aceitam as mudanças que o horizonte traz.

Contudo, penso que a mediação entre ambos os casos, aqueles que possuem o conhecimento e não o transmitem e aqueles resignados em cristalizar aquilo que já sabem deva ser o melhor caminho, já que permite um homem novo, um homem que conhece e que ainda mantém o ensejo de conhecer, que também tem o dinamismo de transmitir o que estabelece, esses são os que vivem plenos de suas realizações. Afastam-se do orgulho e são felizes com o ensinar, esses são de fato os professores.