Conheça a Liga dos Super-Pets da DC
Se a DC Comics tem altos e baixos (mais baixos que altos, diga-se) em seus filmes com atores interpretando super-heróis sérios (ou quase, vide Shazam), como Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Aquaman e Liga da Justiça, o mesmo não se pode dizer das animações, onde lidera com folga a famosa concorrente.
A Liga dos Super-Pets (que ostenta a marca DC), novo filme em exibição no CineX de Catanduva, tem um conceito tão simples. Vindo de Krypton à Terra ainda bebê, o Superman trouxe consigo seu supercãozinho, Krypto, que como o dono, ganhou superpoderes aqui, mas diferente dele, é um tanto exibido e arrogante. Parece um típico desenho animado, mas na verdade, isso era comum nos quadrinhos da chamada Era de Prata, nos idos de 1950, quando as histórias eram mais ingênuas. Ignoradas por tempos, as animações as resgataram.
Dirigidos com humor por Sam Levine e Jared Stern, DC: Liga dos Super-Pets tem um colorido vibrante e bichinhos fofos. O longa foca no público infantil, mas dialoga com o adulto, com um humor às vezes ingênuo, outras nem tanto, principalmente quando faz piadas dos super-heróis, que somente os adultos vão entender.
Tudo vai bem com Krypto e Clark Kent, até que o Superman resolve se casar com a namorada, a repórter Lois Lane, e o supercão teme perder seu posto e regalias na casa. É quando surge a super-vilã: Lulu, uma porquinha-da-Índia sem pelos, cobaia do arqui-inimigo do Superman, Lex Luthor, seu mestre e amor platônico. Juntamente com um exército de mini-pigs, Lulu consegue uma kriptonita laranja que lhe dá superpoderes, além de usar a verde para neutralizar Superman e Krypto e aprisionar a própria Liga da Justiça (Batman, Mulher-Maravilha, Aquaman, Lanterna Verde e Cyborg).
Nos quadrinhos havia uma Liga da Justiça Animal, mas os roteiristas optaram por criar uma nova, composta por bichos de rua. Eles também foram atingidos pela kriptonita laranja: Ace, um buldogue, se torna imortal; a porquinha PB, pode mudar de tamanho; o esquilo Chip, solta raios elétricos e a tartaruga Mirtes, vira velocista. Krypto, agora sem poderes, mas ainda inteligente, tem de perder seu orgulho e liderar a Liga dos Super-Pets para salvar os heróis e o mundo.
Se por um lado, o alvo das melhores piadas são os super-heróis, por outro há homenagem à tradição da DC e seus filmes com trechos das composições clássicas de John Williams, Danny Elfman e Hans Zimmer para Superman, Batman e Mulher-Maravilha. Como na série O Pacificador, Aquaman é a principal vítima das piadas, por “comer comida de peixe”. O sombrio Batman tem sua dramaticidade emulada em Ace, na rivalidade com Krypto, que tem um mini-Bruce como brinquedo. Sobram piadas indiretas até para a Marvel, principalmente os mutantes. Como é um filme família, o heroísmo, a lealdade dos pets e o amor são bastante realçados.
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