No atual cenário global de mudanças climáticas, a redução das emissões de carbono tornou-se uma prioridade para governos e instituições ao redor do mundo. Durante o período em que estive à frente da Secretaria Geral de Administração da Assembleia Legislativa de São Paulo, lançamos o programa "Alesp Preserva", e a sustentabilidade foi uma de nossas principais preocupações. Em parceria com o governo do estado de São Paulo, destacamo-nos na implementação de ações efetivas para neutralizar as emissões de carbono e combater as mudanças climáticas. Neste artigo, vamos explorar os esforços conjuntos entre a Alesp e o governo paulista para alcançar a neutralidade de carbono e os benefícios dessas iniciativas para o meio ambiente e a sociedade.

O acordo firmado estabeleceu metas e ações concretas para reduzir e compensar as emissões de carbono geradas pelas atividades do legislativo. Esse compromisso reflete o empenho de São Paulo em enfrentar as mudanças climáticas e buscar soluções sustentáveis. Uma das medidas implementadas é o projeto de reflorestamento no Parque Estadual Rio do Peixe, que visa compensar as emissões de carbono geradas pelas atividades da assembleia nos anos de 2020, 2021 e 2022. Além de neutralizar as emissões, o reflorestamento promove a preservação da biodiversidade e a recuperação de áreas degradadas.

Por meio do programa "Alesp Preserva", adotamos medidas como eficiência energética, uso de energias renováveis, gestão adequada de resíduos e conscientização de funcionários e visitantes, visando à redução ainda maior do impacto ambiental.

O exemplo do Reino Unido na redução de emissões de carbono serve de inspiração para governos e gestão pública. O Reino Unido tem buscado reduzir significativamente suas emissões de carbono e alcançar a neutralidade até 2050. A experiência britânica mostra que é possível obter resultados positivos na luta contra as mudanças climáticas.

Ao se inspirar em casos de sucesso como o do Reino Unido, o legislativo paulista fortaleceu suas iniciativas e demonstrou seu comprometimento em enfrentar os desafios ambientais. Essas ações não apenas contribuem para a preservação do meio ambiente, mas também têm um impacto positivo na sociedade, inspirando outros a adotarem medidas semelhantes. Servem como exemplo de como ações locais podem ter um efeito global na construção de um futuro mais sustentável.

É nítido que está em curso uma revolução econômica global que busca alcançar emissões líquidas de carbono zero, em conformidade com o Acordo de Paris. Países responsáveis por 70,6% do PIB mundial comprometeram-se com essa meta, exigindo aceleração na adoção de novas tecnologias e investimentos em pesquisas. Embora existam desafios consideráveis, como a falta de estratégias claras em muitos países, a transformação oferece oportunidades significativas, especialmente para aqueles que agirem rapidamente. Setores como transporte, energia e pecuária exigirão mudanças disruptivas, mas também abrirão caminho para novos negócios e vantagens competitivas. Para alcançar o objetivo, é essencial o envolvimento de consumidores, empresas e governos, além da cooperação internacional.

Essa transformação econômica dependerá de decisões governamentais e da formulação de estratégias adequadas. Os países precisam desestimular a produção de petróleo, incentivar a indústria de biocombustíveis e tomar medidas para favorecer fontes de energia renovável. As empresas têm a oportunidade de investir em segmentos promissores, como o PET reciclável e materiais para baterias. Além disso, parcerias e desenvolvimento conjunto podem garantir o acesso aos novos produtos. A busca por uma economia verde e com emissões líquidas de carbono zero é um tema central nas discussões dos gestores públicos, ressaltando a necessidade de um caminho sustentável para o presente e futuro.