Quem viajou para os Estados Unidos há uma ou duas décadas certamente percebeu que as ruas e estradas são extremamente limpas. Ao olhar em volta, no acostamento e canteiros, não há lixo espalhado, nem um saquinho de salgadinho ou garrafa jogados pelo chão, nada disso. Há quem diga que é porque há multas para o descarte irregular, mas na verdade há cultura e educação, e isso, infelizmente, ainda falta aqui. Por que falamos isso? Porque parte dos incêndios registrados às margens das rodovias são causados por itens jogados por motoristas e passageiros pelas janelas dos veículos, com destaque para as bitucas de cigarro. Com a estiagem, qualquer faísca é suficiente para botar fogo na vegetação, que está extremamente seca, podendo ocasionar grandes incêndios de difícil controle. Quem arremessou o cigarro provavelmente nem saberá do estrago causado e inclusive estará muito longe dali quando as coisas se complicarem. Mas o rastro de destruição pode acarretar em dano ambiental significativo, acabando com o habitat de animais ou plantações, além de representar grave risco para a segurança viária. A fumaça, tão perto da pista, tende a reduzir a visibilidade dos condutores, podendo causar acidentes. Por isso, quem vai viajar precisa ter a consciência de carregar consigo o seu lixo, até que possa descartá-lo corretamente na próxima parada. Isso também vale para quem transita dentro da cidade e fica espalhando resíduos por aí. De onde saiu essa ideia de se livrar da sujeira pela janela, com o carro em movimento? Basta ter um lixinho dentro do veículo para o descarte temporário, contribuindo, assim, para que tenhamos ambiente mais limpo e harmonioso para todos.