Como será o futuro?
Ninguém sabe como será o futuro. Nenhum mortal, digo. Cá entre nós, na maioria das vezes nós mal conseguimos avaliar com racionalidade e boa memória o que foi feito do nosso passado. Já o presente, sejamos sinceros, está talvez em situação muito pior: estamos, em regra, tão perdidos nesta rotina volátil e incessante, nesta engrenagem frenética das 24h, que mal conseguimos fazer um bom exame de consciência apenas para perguntar: como será o futuro?
Como será o nosso futuro particular? Teremos descendentes, estudaremos mais um pouco, compraremos um carro ou venderemos a bicicleta, faremos a viagem dos sonhos, tiraremos férias no final ou no começo do ano, sairemos do aluguel para a casa própria ou vice-versa, investiremos alguma coisa em LCI ou LCA? E isto -- esta pequena lista hipotética -- diz respeito apenas aquilo sobre o qual podemos ter certo controle...
E quanto aos acontecimentos, coletivos ou individuais, não imaginados, inoportunos, que serão surpresa feliz, algo neutra ou talvez muito triste? Quem morrerá primeiro, o marido ou a mulher? E se ganharmos na loteria? Haverá uma Terceira Guerra Mundial? O Brasil reencontrará os trilhos da Civilização? Alguém finalmente receberá o Prêmio Nobel por ter descoberto a cura do câncer?
A ficção científica faz suposições literárias, os místicos e os santos profetizam, cientistas e pseudocientistas criam cenários e nós mesmos fazemos nossas projeções de “andorinha solitária”. A verdade é uma só: nós podemos tentar (nós os sujeitos e nós os estados) traçar diretivas, delinear projetos, investir tempo, dinheiro e recursos na concretização de metas que estão ou não bem enraizadas em um passado dissecado e até certo bom bem conhecido e em um presente estabilizado. Nós podemos tentar... Nós devemos tentar! Porém a verdade, se bem condensada e aceita, é apenas esta: o futuro a Deus pertence. E que bom que Deus é bom.
Autor