Começar de novo
A revisão do Plano Diretor Participativo na visão do Ministério Público não teve qualquer participação popular. E os próximos capítulos dessa história podem deixar a Prefeitura de Catanduva numa baita encruzilhada.
Claro que deveremos assistir àquela tradicional briga no Judiciário, mas, nos finalmentes, se o governo municipal perder a ação, tiver mesmo que encarar a nulidade do processo e começar tudo de novo, sofrerá significativo desgaste.
Primeiro porque certamente, nos bastidores, já rolou todo tipo de negociação – ninguém aqui falou em negociatas, vejam bem, pois não há tais provas. Outro ponto é a questão do Residencial Esperança, compromisso de campanha e de vida do prefeito, cuja regularização ficaria de novo distante, mesmo o homem tentando fazê-la de todas as formas.
Há quem diga, inclusive, que ele até entrou na vida política pra isso, mas os entraves são muitos e a ansiedade do povo só cresce. Ainda mais ao assistir as coisas sendo feitas assim, meio sem prumo e às pressas, num eterno recomeçar.
Por fim, num suposto reinício e, caso tudo seja feito dentro das regras, nem todas as pretensões traçadas até aqui serão bem vistas pela população, o que poderá impactar, de uma forma ou de outra, nos planos do governo. São muitas possibilidades e cartas na mesa.
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