Combate às fake news
Quando o ano começou, em um dos primeiros contatos da equipe de reportagem com o chefe do Cartório Eleitoral, Marcelo Micena, ele já projetou. Será um ano de contato constante e de enfrentamento às fake news. O comentário foi perspicaz, mas não era preciso ter bola de cristal para prever tal futuro.
O ano eleitoral que se desenhava, com eleições polarizadas, já mostrava que a luta seria ferranha e, infelizmente, as armas mais danosas poderiam ser utilizadas. Uma delas é justamente a desinformação lançada nas ondas da internet e das redes sociais, para confundir o eleitor que acaba tendo apenas a imprensa tradicional para buscar informações confiáveis e de valor.
A história de que pessoas com mais de 70 anos teriam o título cancelado, por mais que não tenha nem pé nem cabeça, acaba causando sério transtorno ao público idoso, sobretudo àqueles que ainda querem manter a conduta cidadã do voto, por mais que ele seja facultativo nessa fixa etária.
Fica difícil constatar se tal notícia falsa foi plantada de forma proposital, com um plano maquiavélico visando alguma finalidade específica, ou se surgiu sabe-se lá porque, no acaso, espalhando-se rapidamente entre posts e compartilhamentos como acontece tão comumente nas redes sociais.
Essa característica da plataforma digital, aliás, é a maior barreira no enfrentamento a esse mal: as pessoas continuam compartilhando as coisas livremente, sem checagem ou qualquer consulta, e esquecem que tal prática as coloca como cúmplices. Acabam, por descuido ou maldade, sendo tão irresponsáveis quanto os verdadeiros criminosos.
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