Com ou sem Fundeb?
A Prefeitura de Catanduva deixou claro, durante audiência pública realizada na Câmara, qual será a ampliação da folha salarial do funcionalismo, a partir da reestruturação que ainda segue em estudo. E também frisou que não há mais margem para manobra, tudo estaria “no limite”.
Ficou evidente, ainda, que o poder público não está afim de negociar, pelo visto a decisão do que será feito está pra lá de sacramentada. Em vários momentos, a condução do orçamento público foi comparada com a que ocorre na casa de qualquer um de nós, seguindo aquela ideia de que, quando não tem dinheiro, não pode fazer.
Foi esse o discurso adotado sobretudo pelo secretário de Finanças, Wellington Vanalli, até usando uma reforma como exemplo – se não consegue reformar todos os cômodos, faz um por vez, disse. O ponto controverso dessa história é que, caso os professores tenham razão em seus argumentos e o Fundeb não possa ser utilizado no cálculo para se atingir o piso da categoria, a administração municipal estará descumprindo lei em vigor, ao contrário do que faz acreditar.
Mesmo em casa, quando é preciso pagar uma conta já assumida e não o fazemos, por não ter condições financeiras para tal, ficamos inadimplentes e corremos o risco de ter aquele serviço interrompido. Neste mesmo sentido, diante de tamanho impasse, os educadores ameaçam unir forças e cruzar os braços, deixando escolas sem aulas. Pode ser só ameaça, mas também pode se concretizar. É aguardar para ver.
Autor