Com o pé atrás

A notícia sobre o projeto da Rumo Logística, trazida pelo jornal O Regional em suas plataformas digitais, não causou muito alvoroço. Enquanto um ou outro comemorou, teve quem tenha duvidado que as 15 obras prometidas vão sair do papel. Um leitor apontou que não haveria espaço suficiente para fazer viadutos ou pontilhões nas ruas São Paulo, 15 de Novembro e Florianópolis sem derrubar imóveis do entorno. Ou seja, demandaria desapropriações e, no terceiro caso, há uma grande indústria nas proximidades. Por acaso essa questão foi levantada já nos minutos finais da coletiva de imprensa feita pela Rumo, quando a representante da empresa, Giana Custódio, estava atendendo os jornalistas no corpo a corpo. Ela reconheceu que isso poderá acontecer, mas reafirmou que não há nada certo até o momento, já que os projetos técnicos ainda estão sendo elaborados. Também por isso frisou que as 15 obras listadas poderão mudar de localização ou de tipologia, ao longo dos estudos mais avançados. A falta de embates ou mesmo celebração diante do anúncio do pacote de obras de R$ 400 milhões mostra que o catanduvense está um tanto quanto desinteressado sobre o tema, seja pela condução política com que a questão tem sido tratada, ou mesmo pelo fato de a maioria não acreditar mais que algo será feito. Há quem diga que se fosse em outra localidade, tudo bem, mas que aqui as coisas tendem a ser mais difíceis. Talvez isso mude à medida que as primeiras intervenções aconteçam. Ao menos nas etapas seguintes é muito provável que a confiança da população esteja mais alta. 

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.