Com James Gunn, Universo DC terá reboot quase total nos cinemas
O diretor James Gunn, junto com o CEO Peter Safran, decidiram fazer um reboot quase total no Universo Cinematográfico da DC. É um projeto de 10 anos, seguindo o exemplo de Kevin Feige, que comanda o Marvel Studios e estabeleceu o compartilhamento dos filmes da rival. O estalo para o reboot foi dado pelo fracasso de Adão Negro, em que Dwayne “The Rock” Johnson prometia “redefinir a hierarquia de poder na DC”. Com custos de refilmagens adicionais, o filme flopou nas bilheterias, e não se pagou, mesmo com a cena final que prometia a volta de Henry Cavill como Superman.
Desde que comprada pela Discovery, a Warner teve drásticas mudanças, despensas e cancelamentos de projetos, que agora, com Gunn, no comando criativo do DC Studios, se configurou como um reboot (quase) total do Universo da empresa. O diretor revelou sua competência e familiaridade com os quadrinhos de super-heróis, não apenas na Marvel, com o sucesso dos desconhecidos Guardiães da Galáxia. Na DC, fez o mesmo no reboot do Esquadrão Suicida e, por tabela, na série O Pacificador. Os filmes já acabados, no entanto, serão adaptados para dar um final aos altos e baixos da atual versão desse universo. A não ser, claro, que explodam nas bilheterias – à exemplo de The Batman e Coringa, que muito bem sucedidos, continuam em seus próprios universos. Para o ano que vem, a DC lançará Aquaman 2, The Flash (parado há anos), Shazam 2 e Besouro Azul. Cenas adicionais com Cavill neles devem ser cortadas.
Depois de conversar com o ator, a dupla de comandantes revelou que Gunn já escreve um roteiro para o novo e jovem Superman, o que descarta o ator de 39 anos. O roteiro de Mulher-Maravilha 3 (após o fiasco do péssimo Mulher-Maravilha 1984) foi recusado. Ainda não se sabe se outra atriz ganhará o papel de Gal Gadot. Não se fala em Shazam 3. E a não ser que o filme estoure a barreira do bilhão de dólares, dificilmente Jason Momoa volta aos mares como Aquaman – aliás, Gunn o quer como o anti-herói Lobo, uma espécie de “Wolverine” da DC, papel é a sua cara, só precisando se pintar de azul. Adão Negro não volta. Mas desse universo compartilhado e (quase) fracassado da DC, nem tudo se perderá. É certo que a série do Pacificador terá outra temporada (felizmente), assim como o Esquadrão Suicida, ambos criação de James Gunn. E foi tão bem sucedido que o estúdio não quis saber que ele voltasse à Marvel, onde encerra o terceiro volume dos galácticos antes de ser o maioral (junto com Safran) na Distinta Concorrência, como Stan Lee chamava a DC.
The Batman de Matt Reeves, com Robert Pattinson continuará à parte, talvez numa versão de seu próprio multiverso (como a Marvel fez), assim como o Coringa de Todd Phillips, cuja temática tão adulta que o tira da DC Studios, ficando a cargo da Warner Bros.
O plano de 10 anos de Gunn e Safran para a DC Studios deverá ser finalmente revelado para David Zaslav, CEO da Warner Bros - Discovery, na próxima semana.
Autor