Clima de eleições
Finalmente é possível sentir o clima das eleições nas ruas e nas plataformas digitais. Essas, aliás, desde os primeiros minutos da sexta-feira, diante da liberação para que a campanha começasse, foram inundadas por mensagens e por “santinhos” virtuais com fotos e número da urna. Amigos, conhecidos, desconhecidos em grupos, pessoas que você nem sabia que tinham o seu número estão, neste exato momento, te mandando mensagem para se apresentarem como candidatas a vereador ou vereadora. É bem provável que nada disso faça sentido, que sua escolha não será baseada em um santinho digital recebido quase que de forma aleatória, mas para quem é um candidato entre muitos, não custa nada tentar, não é? As grandes campanhas, a gente sabe, têm atuações mais direcionadas às suas bases eleitorais, ao corpo a corpo, ao convencimento de que aquele político merece o seu voto. Há nesse meio 13 vereadores, além dos atuais prefeito e vice-prefeito, que têm mandato e estão aí tentando convencer o eleitorado de que fizeram trabalho merecedor de ter continuidade, mostrar para quem votou que deve votar de novo e, claro, buscar novo público. A gente sabe, também, que alguns desses vereadores não serão reeleitos, o que nem sempre significa que foram “piores” que os reeleitos, porque a reeleição não está necessariamente atrelada ao desempenho geral do parlamentar, mas sim àquilo que ele fez para sua base eleitoral no mandato e também na campanha política. Em outras palavras, se atendeu o que seu eleitorado queria, seja isso bom ou nem tão bom para a cidade e para a coletividade, pode ser reeleito. Outra hipótese é ter bastante verba para injetar na campanha, inflando seu alcance. Enfim, voltando ao ponto inicial, nas ruas a movimentação também começou intensa, com inauguração de comitês eleitorais e carreata, mostrando que, apesar das inúmeras variáveis que pesam na corrida eleitoral, todo mundo acredita que tem chances e já trabalha para isso.
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