Uma a cada oito cidades deve perder recursos federais devido à recontagem da população. Isso porque a prévia do Censo 2022 mostrou que a maioria das cidades brasileiras é menor do que se pensava. Ou melhor, do que o próprio IBGE estimava. Se esse cenário se confirmar na versão final do levantamento populacional, essas prefeituras vão receber menos dinheiro em repasses constitucionais, já que a fatia a que elas têm direito no Fundo de Participação dos Municípios, o FPM, vai diminuir. Por outro lado, um grupo menor de cidades vai receber mais recursos. De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios, se a prévia do Censo for mantida como referência para o FPM deste ano, 863 municipios vão perder recursos, mas 702 delas não sofreriam o corte, caso a regra do congelamento dos coeficientes fosse aplicada até que o recenseamento seja, enfim, concluído. Catanduva, não por acaso, está envolvida nessa história e tende, se nada extraordinário acontecer, a perder verbas para este e os próximos anos, já que por sua própria incapacidade, cresceu menos do que outros municípios. Isso quer dizer que outras localidades atraíram mais pessoas, empresas e negócios nos últimos 20 anos, fazendo com que elas crescessem mais, no quesito populacional, do que Catanduva cresceu. Claro que ninguém quer um crescimento desenfreado e desorganizado, mas também não adianta se apequenar, enquanto outras cidades se tornam mais atraentes e, por consequência, influentes.