Cidades fazem suspense
O reajuste salarial para os professores da rede pública não deve ocorrer, ao menos no próximo pagamento. Levando em conta que as prefeituras pagam tais valores no quinto dia útil, algumas delas até no primeiro dia, é bem improvável que os estudos e ajustes financeiros necessários sejam concluídos em tão pouco tempo. Isso levando em conta, sobretudo, que as duas cidades da região que terão maior impacto caso apliquem o reajuste, Catanduva e Itajobi, ainda não se manifestaram sobre o tema. A Prefeitura de Catanduva manteve o tradicional silêncio diante de assuntos delicados, já que são poucos os secretários de governo que posicionam-se diante de questionamentos da imprensa. No caso da Prefeitura de Itajobi, a administração informou que ainda não foi feito estudo a respeito e que, por isso, não tem posicionamento sobre o assunto. Isso leva a crer que a situação seja exatamente a mesma nas cidades menores, até porque a Confederação Nacional dos Municípios, a CNM, vem apregoando que os gestores públicos ignorem o índice por entender que não haveria base legal para respeitá-lo. A entidade diz que, em pesquisa feita no ano passado com 4.016 Municípios, cerca de 3 mil deram reajuste ao magistério público, sendo que 1.721 concederam percentuais diferentes do anunciado à época. Ou seja, de todos os municípios consultados, 31,1% deram o reajuste definido na portaria do MEC. Enquanto isso, os educadores defendem, claro, que a correção é direito da categoria.
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