Cidade universitária

Catanduva se tornou uma cidade universitária, ainda que não se autodenomine assim. Mas é um fato. Com o Instituto Federal, Fatec, Imes Catanduva, Unifipa, pelo menos uma dezena de instituições que oferecem cursos superiores a distância, além do Senai, Etec Elias Nechar e outros polos de qualificação profissional, é indiscutível que a cidade é “universitária”, por assim dizer. Outro indicador importante é que, hoje, já se fala em pesquisas feitas no município, artigos publicados em revistas científicas e projetos de extensão que atendem cada vez mais pessoas, nas mais variadas áreas. É o pesquisador, o cientista, o estudante interligando a área acadêmica e o cidadão comum, indo além dos muros da universidade. Muitos cursos superiores mantêm atendimento ao público há muitos anos, como nos casos da Odontologia, da Fisioterapia e do Direito do Imes Catanduva, por exemplo, mas outrora não se falava em projetos de extensão e em ações direcionadas à comunidade no volume que se tem hoje. Só para citar alguns casos, é possível lembrar dos projetos da área de Astronomia conduzidos por educadores do Instituto Federal ou, mais recentemente, do projeto de monitoramento de glicemia lançado pelo curso de Biomedicina da Unifipa. Há poucos dias, também destacamos em nossas páginas pesquisa desenvolvida por estudantes do curso de Engenharia Agronômica, também da Unifipa, que investiga o uso de blends de óleos essenciais como alternativa ao controle do fungo Penicillium digitatum, causador do bolor verde em frutas cítricas no pós-colheita. Apesar do pré-tratamento com fungicidas comerciais, os frutos ainda apresentaram incidência de bolor verde, o que motivou a busca por alternativas mais sustentáveis e de maior valor agregado para o mercado internacional. Imagine, agora, o impacto que uma pesquisa bem sucedida como esse pode trazer à economia de todo um segmento do agro brasileiro? Não à toa fala-se tanto do tripé ensino, pesquisa e extensão, considerados pilares essenciais e inseparáveis para o conhecimento acadêmico, de forma a atender as necessidades dos alunos e também da sociedade. Ou seja, à medida que a cidade avança e fortalece suas instituições de ensino, todo mundo sai ganhando.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.