Chegou a hora de avançar

A questão da linha férrea voltou à pauta de discussões, recentemente, quando cinco vagões tombaram na madrugada. Felizmente não houve feridos, nem prédios atingidos. Os catanduvenses acompanham embates relacionados a isso há vários anos, desde o “sonho” da retirada da ferrovia do centro da cidade, que parecia algo distante e improvável, mas que ganhou tons de realidade a partir da inclusão da obra entre as contrapartidas do contrato de concessão da Rumo. Para surpresa de muitos, a concessionária passa a negociar com os municípios a alteração dos projetos, antes confirmados por ela, substituindo os novos contornos ferroviários por obras dentro do trecho urbano, com viadutos, túneis e passarelas. Foi assim em São José do Rio Preto, assim como em Catanduva. Lá tal como cá, a nova proposta ganhou anuência do poder público e, hoje, o que se espera é a apresentação de um projeto detalhado com as intervenções que serão feitas para minimizar os conflitos com a linha férrea e possibilitar sua transposição de forma mais segura. Pelo visto, tudo será revelado na terça-feira, no Centro de Convenções, em momento que deverá envolver muita expectativa e até um pouco de tensão, por que não? Como a questão é complexa e divide opiniões, o melhor é evitar o viés político e apostar que o assunto seja definido com base em critérios técnicos. Um deles poderá ser o tempo. Afinal, o que se diz é que será mais rápido fazer os viadutos e passarelas do que retirar a linha férrea, por demandar desapropriações. Aliás Catanduva não tem mais tempo para esperar. Algo precisa ser feito para contribuir com a fluidez do trânsito e, consequentemente, com o desenvolvimento da cidade.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.