Hoje é o dia do Oscar. A cerimônia do Oscar 2025, no Dolby Theatre, em Los Angeles. será apresentada por Conan O'Brien, marcando sua estreia como anfitrião da premiação. Entre os principais indicados, destaca-se o filme brasileiro Ainda Estou Aqui, ainda em exibição no Grupo Cine, em Catanduva. Dirigido por Walter Salles, concorre em três categorias: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz para Fernanda Torres.

O filme com maior número de indicações, Emilia Pérez, é um drama musical francês com 13 nomeações, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor (Jacques Audiard) e Melhor Atriz (Karla Sofía Gascón). No entanto, Emilia Pérez mergulhou em polêmicas, contribuindo para tirar seu favoritismo. É um filme francês passado no México com atores de outros países e sotaques, o que obrigou a um pedido de desculpas aos mexicanos, que não gostaram de sua representação. Além disso, a atriz Karla Sofia passou da posição de primeira mulher trans indicada à categoria de Melhor Atriz para um cancelamento total, depois que vieram à tona suas posições preconceituosas e neonazistas. Até a Netflix, que produziu o filme, colocou a atriz na geladeira.  

Já O Brutalista, com 10 indicações, é um longo épico sobre um sobrevivente do Holocausto que emigra para os EUA, sendo forte concorrente em várias categorias, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator (Adrien Brody).

Wicked, uma adaptação musical estrelada por Cynthia Erivo e Ariana Grande também recebeu 10 indicações, incluindo Melhor Filme e Melhor Atriz (Cynthia Erivo). O filme já foi exibido em Catanduva.

Outros filmes notáveis incluem Anora, sobre uma jovem stripper do Brooklyn; Conclave, em que um grupo de bispos se reúne para eleger um novo Papa, mostrando as entranha da Igeja Católica; Duna: Parte Dois, a sequência da adaptação do romance de ficção científica de Frank Herbert, num futuro envolvido em guerras e fanatismo religioso; e Um Completo Desconhecido, biografia de Bob Dylan. 

Mas para os brasileiros, o que interessa é Ainda Estou Aqui: O filme brasileiro, baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, narra a história de Eunice Paiva (Fernanda Torres), uma dona de casa que se torna uma ativista dos direitos humanos após o desaparecimento e assassinato de seu marido, o deputado Rubens Paiva (Selton Mello) pela ditadura militar. Segundo o diretor Walter Salles, mais do que um filme histórico sobre a repressão no Brasil, Ainda Estou Aqui é sobre o presente e o perigo do retorno dessa ideologia.

A atriz Fernanda Torres concorre ao Oscar de Melhor Atriz, 26 anos após sua mãe, Fernanda Montenegro, ter sido indicada pela atuação em Central do Brasil. A produção já ganhou 38 prêmios em festivais internacionais, incluindo o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama para Fernanda Torres.