O Painel de Monitoramento da Dengue, do Governo do Estado, mostrava ontem em números destacados que Catanduva soma 1.647 casos positivos da doença desde o início do ano. O problema é que ainda existem, segundo o sistema, 1.342 exames aguardando resultado. Ou seja, muito provavelmente a cidade tem bem mais casos do que os contabilizados até agora. Como a janela de tempo entra o exame e o resultado existe, é de se imaginar que o enfrentamento à doença também seja prejudicado, como se, digamos, as equipes estivessem sempre atrasadas com relação ao mosquito – depois que ele picou toda a vizinhança, é feito o bloqueio no local. Outro ponto é que diante de números tão volumosos, também é possível imaginar que os agentes não consigam estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Ou seja, a população precisa mais do que nunca fazer a sua parte. Basta lembrar que o sorotipo 3 da dengue está circulando entre nós e não temos anticorpos para nos proteger, o que torna essa ameaça ainda mais real. Até aqui, Catanduva registrou três óbitos por dengue este ano e tem outros dois em investigação. É em meio a esse cenário que a Secretaria de Saúde fará licitação para adquirir repelentes para as mulheres grávidas, utilizando a verba estadual, que parece ser bem tímida, de R$ 12 mil. A expectativa é que o processo possa ser ágil e que essas gestantes fiquem mais bem protegidas.