O avanço da criminalidade pelo interior do estado de São Paulo tem gerado crescente preocupação, e um dos reflexos mais perturbadores desse cenário são os furtos recorrentes em cemitérios. Recentemente, cemitérios públicos de Novais e Itajobi foram alvo de ações criminosas, expondo a vulnerabilidade desses locais e a ousadia dos bandidos. Esses furtos, que incluem desde placas de bronze e vasos de flores até objetos de valor sentimental, causam indignação e revolta nas famílias que perderam seus entes queridos. Além do prejuízo material, há profundo impacto emocional, pois os cemitérios são espaços de memória e respeito, onde as pessoas buscam conforto e paz. A falta de segurança nesses locais facilita a ação dos criminosos, que muitas vezes agem à luz do dia, aproveitando-se da ausência de vigilância e da fragilidade das estruturas. Em Itajobi, por outro lado, a ação na calada da noite e com volume de mais de 100 itens furtados, mostra possível envolvimento de uma quadrilha. As autoridades precisam intensificar o policiamento e adotar medidas para proteger os cemitérios, como a instalação de câmeras de segurança, cercas, alarmes e o aumento da iluminação. Se Novais e Itajobi já foram alvos, e num passado mais distante Catanduva também, é um baita alerta pra que as demais cidades da região se preparem para não se tornarem vítimas. Depois não adianta os gestores públicos alegarem surpresa ou desconhecimento dos riscos. Além disso, é fundamental que a população denuncie qualquer atividade suspeita e colabore com as investigações. A união de esforços entre a polícia e a comunidade é essencial para combater a criminalidade e garantir a segurança nos cemitérios, preservando a memória e o respeito aos que já se foram.