Há tempos que, pouco a pouco, o governo estadual vai retirando serviços e escritórios regionais de Catanduva e transferindo para outras localidades. Isso a despeito da importância que a cidade tem para sua microrregião, pois moradores de quase 20 municípios recorrem diariamente à Cidade Feitiço para os mais variados fins, a começar pela rede de saúde, mas também para acessar postos que demandam atendimento presencial. Na polêmica mais recente, os peritos criminais que atuam no Instituto de Criminalística, na avenida Theodoro Rosa Filho, estão sendo transferidos, um a um, para a unidade de São José do Rio Preto. Insatisfeitos, há quem já tenha judicializado a questão, a fim de preservar seus direitos. Enquanto o município vizinho é inchado, chegando hoje a 39 peritos em atuação, quantidade considerada suficiente pelos próprios profissionais para a demanda, o posto de Catanduva vai sendo esfacelado, seguindo aquela estratégia de fazer aos poucos para ninguém perceber, numa tentativa de “doer” menos. Além do estrago na vida dos próprios peritos, que têm suas vidas estruturadas em Catanduva, o eventual fechamento do posto representaria prejuízo enorme para a população. Quando o vereador Alan Automóveis vai à tribuna da Câmara e diz que, ao ligar para a Polícia Militar pelo telefone 190, o atendimento é feito em Rio Preto, e aos Bombeiros, o telefonema é atendido em Bauru, é porque estamos realmente perdendo espaço. Até as sedes de empresas concessionárias estão se distanciando. O movimento iniciado pela Câmara, com repúdio à decisão da Secretaria de Segurança Pública, precisa se intensificar e envolver o Executivo, deputados e todos que amam Catanduva. E nesse processo, o governo estadual precisa ser cobrado diretamente.