Catanduva em sua essência

Verde e vermelho param e liberam o andar da cidade. Em meio ao fluxo contínuo, são as duas cores que ditam as regras. Quem vai e quem fica. Um andará antes, outro logo depois. Em alguns momentos, o amarelo faz alerta e pede atenção à vida. Transitando pela rua Goiás, o fluxo aumenta a cada dia. Uma longa fila se forma nos horários de pico. Na rua Sete de Setembro, o cruzamento é perigoso. Subindo a rua Pará, em meio à rota dos ônibus, o fluxo também é grande. Quatro paradas forçadas seguidas, em quatro vermelhos que se acendem, deixam o trânsito nervoso. Já na São Paulo, um complexo cruzamento que leva ao centro e ao bairro Theodoro, torna-se conturbado e lento frente aos inúmeros semáforos que se exibem no alto dos postes. Na avenida São Domingos, o abre e fecha de sinais, num piscar constante de luzes e cores, define a velocidade do fluxo e do viver. Quem corre para passar por um cruzamento, é barrado por um vermelho cor de sangue, em riste, no próximo. À noite, as luzes ganham brilho, fundem-se e iluminam as ruas escuras. Mesmo solitárias, não cessam o alternar constante de cores. Assim segue a vida em Catanduva, que chega agora aos seus 105 anos, com rotina cada vez mais corrida e caótica, assim como qualquer outra cidade grande e de economia pujante, referência para toda a região e em vários aspectos. Com o corre-corre do dia a dia, abraços mais frios no pós-pandemia e pequenas belezas, singelas e por vezes despercebidas por todos os cantos, a Cidade Feitiço vai crescendo, cada vez mais irreconhecível aos saudosistas, mas preservando a essência que faz dela a nossa terra querida. Parabéns a todos os catanduvenses por essa data.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.