O ano eleitoral acirra as brigas políticas, mas Catanduva é maior do que qualquer um desses embates. Essas questões são superadas, as pessoas passam e Catanduva segue seu destino. A cidade tem seus problemas, como qualquer outra, é claro. Tem mazelas que poderiam ter sido superadas diante da sucessão de governos, ainda que em apenas um mandato não seja possível obter a solução. Tem atrasos ocasionados justamente por seus governantes, ficando para trás regional ou nacionalmente, quando poderia deslanchar e reverter tais avanços em melhorias para a vida de sua comunidade. Tem pontos fortes mal aproveitados. Tem característica que mais nenhuma outra cidade tem, e que ninguém dá o devido valor. É uma cidade como qualquer outra, mas ao mesmo tempo é única. Porque só ela é Catanduva e tem todas as coisas boas que conhecemos e que devemos nos orgulhar, tal como a segurança que ainda reina apesar de tudo, o forte complexo hospitalar e de saúde, as faculdades que são referências, o potencial exportador, o rio São Domingos despoluído com lindas áreas verdes, os ipês rosas que se tornaram marca, a tradição no esporte, os movimentos culturais e a forte presença do rock. A lista das coisas boas não para por aí e certamente muita gente as vê, desde os tempos em que Padre Albino botou os pés nessa terra e percebeu que ela poderia crescer e florescer. E tanto fez por ela, com carinho e amor, e por isso se tornou o principal nome dessa história que chega, hoje, aos 106 anos de expansão e progresso. Se pudermos olhar para trás e, ao mesmo tempo, projetar o futuro, que todas as boas coisas que temos e fizemos possam se repetir por outra centena de anos mais. Que esse povo hospitaleiro e trabalhador possa viver cada vez melhor, cuidando, protegendo e construindo a Catanduva que queremos para nossos filhos e netos.