Carnaval dos novos tempos

A aclamada “maior festa popular do país” começou. Estamos em pleno Carnaval. As pessoas saem às ruas, bebem e dançam. Enfeitam-se para o tão esperado desfile. Umas correm atrás do trio elétrico. Confetes e serpentinas voam de um lado para o outro. O novo modelo da festa, com trios elétricos e palcos fixos instalados nas cidades da região, mostram que aquele Carnaval do passado realmente ficou para trás. Sem escolas de samba e com poucos blocos, o envolvimento popular acontece apenas neste período mesmo. Não há mais participação da comunidade nessa manifestação cultural ao longo do ano. Nos bairros, o Carnaval poderia representar mais uma oportunidade de ocupação, na confecção de fantasias, adereços e dos carros alegóricos. Aos finais de semana, ritmistas e passistas dariam o tom em festas e bailes – aliás, apenas a ala show da Rosas de Ouro ainda respira. Isso tudo poderia acontecer também aqui no interior, não apenas nas capitais de São Paulo e Rio de Janeiro. A festa popular que se viu antes possibilitava capacitação e obtenção de recursos, com foco no espetáculo seguinte. O problema é que mesmo que algum gestor público queira fazer tais planos se concretizarem, a dificuldade será imensa, dada às mudanças de costumes e comportamento da própria sociedade. O tempo passou, as coisas mudaram, as pessoas são outras e o Carnaval também ganhou aspecto mais comercial. De um jeito ou de outro, hoje começa a folia na maioria das cidades da região. Para quem vai aproveitar a festa, faça de forma consciente e segura.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.