O Carnaval, hoje, é uma festa para todos os gostos, com uma infinidade de blocos de rua, escolas de samba, bailes e festas pelo país. Além disso, tornou-se importante indústria cultural, movimentando milhões de reais em turismo, publicidade e entretenimento. Para muitos, o modelo tradicional de desfile como se vê em São Paulo e no Rio de Janeiro, por exemplo, estaria esgotado, sendo os trios elétricos uma manifestação mais popular. Há quem pense justamente o contrário e veja no modelo dos abadás algo mais comercial, apoiado nos grandes nomes da música, em que o povo só participa na hora da festa e não de seus preparativos ao longo de todo o ano, como as comunidades fazem para estruturar os desfiles da Sapucaí e Anhembi. De um jeito ou de outro, o importante é perceber que os formatos coexistem e que as pessoas têm livre escolha sobre como e onde querem desfrutar dos dias de folia, nem que seja descansando longe de tudo isso. Na região de Catanduva, há festas mais tradicionais com escola de samba, outras que preservam os blocos e muitas que abrem espaço para os DJs e bandas animarem os foliões, em palcos e trios elétricos. Há também festas de todos os portes, das pequenas matinês e suas marchinhas em clubes e centros culturais até o poderoso Oba Festival em São José do Rio Preto, passando pelas fortes programações de Ibirá, Olímpia e Votuporanga. No “mapa da folia” que preparamos para esta edição, dá para verificar essas tendências claramente. O tempo passou, as coisas mudaram, as pessoas são outras e o Carnaval também ganhou novos aspectos, preservando suas origens, mas renovando-se, mantendo tradições, porém sempre inovando. Esse é o Carnaval e se você, caro leitor, for aproveitar a festa, faça de forma consciente e segura.