O Programa Emergencial de Desemprego – PED, cuja lista de classificados foi divulgada há poucos dias pela Prefeitura de Catanduva, é um projeto social essencial pela transferência de renda, mas sobretudo por oferecer cursos de capacitação profissional aos bolsistas. É importante ter em mente que não se tratar de um emprego, apesar de o beneficiário receber salário e cesta básica; na verdade ele é bolsista e tem esse suporte financeiro para desempenhar suas atividades, ao mesmo tempo que é qualificado para, depois que a bolsa-apoio terminar, buscar por recolocação no mercado de trabalho. Ao menos essa é a essência. Claro que, enquanto tudo isso acontece, a administração pública tem essa força de trabalho extra em algumas áreas, como a ambiental e de limpeza pública. Porém, a tal essência deve prevalecer e os cursos de qualificação serem diversificados e seguirem as tendências do mercado. É nítido que alguns ofícios têm demanda significativa, mas nem sempre há mão de obra ou técnicos capacitados. Faltam eletricistas, marceneiros, pedreiros, pintores, limpadores de piscina, entre outros, sobretudo na construção civil. Também há oportunidades na área de alimentação fora do lar, como garçons e cozinheiros. Se a prefeitura garantir a oferta de cursos rápidos e preparar essas pessoas como tem que ser feito, elas terão oportunidade de conquistar trabalho e renda, mantendo suas famílias com o próprio esforço – e não mais com auxílio de projetos sociais, buscando crescimento pessoal e, quem sabe, profissional. Essa engrenagem girando, com mais e mais pessoas sendo capacitadas também vai favorecer o mercado de trabalho e, no fim, todo mundo sairá ganhando.