Caminhos tortuosos

Processos que envolvem a preservação da vida precisariam correr de forma prioritária, sobretudo na área de trânsito. É inconcebível, antes de mais nada, que o Governo do Estado faça todo o processo licitatório, contrate a empresa para o recape e ela execute apenas 1 quilômetro dos 13 que teriam que ser feitos na estrada vicinal Natal Breda, entre Tabapuã e Olímpia, e abandone a obra. Depois disso é necessária toda uma burocracia para cancelar contrato, refazer procedimentos e autorizar que outra construtora assuma o serviço. Tanto é complexo que o trabalho continua paralisado desde 2022. Ainda que a empresa seja punida nos termos da lei, o problema permanece e o recape que deveria ter sido realizado, inacabado. Na imagem vista na edição de ontem e em outras veiculadas nas plataformas digitais de O Regional, é possível constatar que o pavimento está pra lá de deteriorado. Ou seja, com todo o tempo que se passou, fica fácil imaginar quantas pessoas correram risco de morte ao percorrerem esse trecho com seus veículos. Por mais que a Prefeitura de Olímpia mantenha ações de tapa-buracos na extensão que lhe compete, é nítido que esse tipo de serviço não é o indicado, tampouco suficiente. Há crateras ameaçadoras, imperfeições significativas e falta de sinalização em todo o percurso. Um agravante nesta história é que o município a ser acessado pela via é a Estância Turística de Olímpia que, convenhamos, não é uma localidade qualquer. A cidade é um dos principais destinos turísticos do país e tem no Thermas dos Laranjais um dos parques aquáticos mais visitados do mundo. Excetuando-se a capital, Olímpia concentra o maior número de leitos para hospedagem em todo o Estado de São Paulo. Ou seja, com todo o valor econômico que esse poderio turístico representa, todos os acessos a Olímpia precisariam ter condições exemplares, primeiro é claro pelo quesito segurança, mas também para ser condizente com os investimentos privados destinados à Estância Turística. Para quem vem de longe e opta pelo meio rodoviário para acessar a cidade, chega a ser vexatório esse tipo de situação para a cidade e para o Estado.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.