CAFÉ MINUTO - 22.12.23

Natal, um dia pra lá de especial. Nada melhor do que abrir presentes. A noite do dia 24 com a família é especial. E no dia 25 vai encarar um senhor almoço. Eu sei o que é esses acontecimentos. Tenho resposta para todos eles porque meu Natal era desse jeito. Os presentes eram dados na noite do dia 24, depois vinha a ceia. Ia dormir empanturrado (ou quase). No dia seguinte a comilança se repetia com o almoço de Natal. Adoro todo esse ritual junto com pessoas queridas. E quanto mais, melhor. Ah! Não se esqueça de um tempinho para dar uma pensadinha no sentido cristão do Natal, que hoje anda em baixa.

Natal não dá vontade de falar nada, apenas de comemorar... participar... Portanto hoje nada de falar de futebol, política, governo, economia... Esses assuntos martelam a gente e passa ano, entra ano, continua tudo rigorosamente igual. Pode mudar os personagens, as situações, mas o enredo é sempre parecido. Também nada de falar de calamidades, violência, acidentes... Pra que? Amanhã todas essas notícias estarão lá, sempre as mesmas, como todos os dias. Então vamos ignora-las pelo menos no dia de Natal. Combinado? Como seu peru e beba seu vinho, em paz.

Eu gosto de vinho, mas prefiro ir de cerveja. Continuo fazendo minha parte e explico. De janeiro a outubro desse ano, que até que enfim, chega ao fim, a produção de cerveja foi 0,4% menor, em comparação com 2022. Esse cenário vai de carona na atividade industrial brasileira com uma queda de 0,3% nos 8 primeiros meses de 2023. E a produção dos dois últimos meses vai piorar esse número. Segundo as cervejeiras a razão é a queda de renda do povão. Como disse, não adianta me olhar feio porque continuo tomando minha cervejinha do mesmo jeito, sem diminuir uma gota. Vão perguntar à Lula as razões da queda de renda. Ele não diz que está tudo maravilhoso?

Para não perder o costume, a hora da graça. Tropeiro chega à beira de um rio com seu gado e pergunta ao Joãozinho que pescava. – Ei garoto, esse rio é fundo? – A criação de meu pai passa com a água no peito, responde ele. O tropeiro então põe o gado para atravessar e no meio do rio os animais começam a se afogar. Desesperado, ele grita – O seu pai cria o quê seu moleque dos infernos? – Pato! # Em Copacabana um assaltante aborda um sujeito – give me your money and your watch. O cara, surpreso, entrega tudo e pergunta – mas porque você está falando em inglês? Tô treinando para assaltar os gringos em Ipanema.

Upa! Digo, Ufa! Não, é Upa mesmo. Depois de um longo e ventoso outono, de um longo e tenebroso inverno, uma longa e florida primavera, um longo e encalorado verão, finalmente foi inaugurado e está funcionando. Como acontece nesses casos, virou palanque para políticos de um lado e de outro se alfinetaram; para aparecerem (2024 tem eleições); de ministro (provável candidato a governador) dar seu recado. Espera aí! Pode parar. Eu disse que hoje necas de falar em política, então corta essa.

Espero que as comemorações natalinas aconteçam na boa, sem nenhuma vexilologia. E foi tudo na boa mesmo, sem esse palavrão aí, porque ao contrário do que parece, vexilologia não é o nome para quem dá vexame, nem quem sofre com vexame e nem a ciência que estuda o vexame. É apenas o nome que se dá ao estudo das bandeiras, em geral, e quem é estudioso delas chama-se vexilólogo. E até no natal eu e vocês aprendemos mais uma, apesar de não ter a menor importância.

Tão certo como o Natal, é o especial de Roberto Carlos. Seguramente faz mais de 40 anos que somos “brindados” com o especial do Rei. Argh! Quem aguenta ainda? E olhe, não tenho nada contra ele, que apesar de algumas bobagens, tem algumas boas canções que aprecio. Difícil encontrar quem não gosta de Roberto Carlos, mas não precisa exagerar. Roberto não é nenhum peru, tender, manjar, vinho... para ser deglutido no natal. Bem que a Globo poderia ser original e nos próximos anos fazer um especial, que não tenha nada de especial. Assim RC ficaria de fora, pois ele só participa de especial. Deu para entenderem? Acho que nem eu entendi, mas eles que ganham (e bem) para isso, portanto que se virem com algo diferente.

Esse é o último Café Minuto. Paro por aqui. Porém, antes que alguém diga “Pô, que pena!” ou “Pô, até que enfim!”, esclareço, é o último desse ano. Em 2024, se Deus quiser, como dizia sempre minha mãe, continuarei com vocês habitualmente toda semana. Vou tirar férias do Café, vou de cerveja. Fazer essa coluna é muito prazeroso. Quando estou em frente ao computador escrevendo essas linhas, até esqueço o mundo. É como se ele parasse só para eu escrever. Podem crer, é melhor do que Prozac! E não tem contraindicações. Agradeço a família Gabas por me dar esse espaço para expressar minhas “bobagens”, enquanto faço “terapia”.

Amigos, um ano novo de paz, alegrias... Saúde para enfrentar mais uma batalha, e que vocês consigam realizar seus mais desejados sonhos (ou alguns deles). Voltarei no final de janeiro. Até lá. Fui!

Autor

Flávio de Senzi Jr
É publicitário e colunista do Jornal O Regional. E-mail: flaviosenzi@uol.com.br