Café Minuto - 22.09.23

NORDESTE – Minha região favorita é o Nordeste. Povo simpático, hospitaleiro, prestativo, tudo que você pergunta eles explicam, até com detalhes. Praias paradisíacas, cidades históricas onde o povo conta a história que você quiser. É a região que mais cresce no Brasil. E deve disparar impulsionado pelo turismo e energia limpa. O PIB deve crescer 2,4% em 2023, enquanto a média nacional será de 1,9%. A região se beneficiou também com a volta da indústria do alumínio, no Maranhão. Além disso, investimentos em infraestrutura, gás natural e petróleo vão aumentar mais o PIB da região. No entanto o principal crescimento do Nordeste neste setor são a agropecuária e a indústria. O setor turístico, incremento dos transportes, a valorização do real frente ao dólar e o barateamento das passagens são fatores que trazem benefícios ao Nordeste. Um VIVA ao Nordeste.

PERDEU – Um carinha num bar já tinha bebido todas, mas estava ainda louco para beber mais uma. O problema é que ele tinha somente 10 reais e a dose de uísque mais barata custava 15. Um senhor, simpático, elegante, chega até o balcão e pede um uísque 12 anos. Vendo aquilo, diz: – meu senhor, eu consigo beber esse uísque sem encostar o copo na boca. – Quero ver! Aposto mil reais. – Não posso apostar, só tenho 10 reais. – Meus mil reais contra seus 10, está apostado. O carinha pega o copo, e bebe normalmente. – Mas você encostou o copo na boca! – É, perdi a aposta.

GRANDE CANTORA – Stacey Kent, cantora e compositora americana que adora nossa música, aprendeu português para entender e cantar em nossa língua. Ela já fez vários shows por aqui e em 2013 gravou um álbum com Marcos Valle. Stacey, lançou um álbum com várias canções brasileiras, entre elas, composições de Tom/Vinícius, João Bosco/Aldir Blanc e Nelson Motta. O destaque fica para O Barquinho (Menescal/Boscoli), acompanhada ao violão pelo próprio Menescal, que também participa da inédita A Tarde. Nos anos 1960, seria normal um lançamento desses, entre tantos de qualidade. Hoje, torna-se uma raridade, como que uma coisa estranha no meio de tanta mediocridade. Ainda tem uma meia dúzia de uns dez. da geração de 60, que ouve e compra discos assim, como eu. Esse lançamento é para a nós.

DISPONÍVEL – É quando não estamos fazendo nada. Porém, se você não faz nada tá fazendo alguma coisa, fazendo o que? Fazendo o disponível. E a disponibilidade? É o que está próximo, mas não usamos. Também pode ser que usamos uma vez a cada vários anos. Com as pessoas acontece a mesma coisa. Temos um amigo, um primo tio, que quase não o vemos Mas sabemos onde vive, a cidade onde mora, onde trabalha...Mas tem casos diferentes. Existe a disponibilidade rara. Difícil de se encontrar. As vezes passamos anos e anos sem ver, que acaba não vendo mais. Ou não temos ideia de quando vamos nos encontrar em algum lugar, como por exemplo, um bar onde sempre nos encontrávamos. Falando claramente, hoje não tenho a menor ideia de quando vamos nos encontrar no Juarez, o bar que sempre fomos tomar um chope memorável. Talvez um dia. Que seja antes de um de nós partimos para a eternidade. Leia-se nunca mais.

A ILHA – Há uma pequena ilha, no sul da Islândia, de formação rochosa, relevo acidentado e solo com leve camada de vegetação rasteira, que nada indica que lá teria uma casa. Pois internautas descobriram uma casa no local, “a casa mais isolada do mundo”. Ela fica no alto de um platô, cercada de nada por todos os lados, sem eletricidade, sem água e qualquer outra infraestrutura. A ilha já foi habitada há séculos, mas os moradores saíram de lá justamente por falta de meios. Algumas décadas atrás, porém, um grupo de caçadores de papagaios-do-mar (uma ave que vive no Atlântico Norte, exímia nadadora, mas péssima de voo), construiu um alojamento na ilha. Assim, na temporada de caça dos penosos habitam a casa. Já tem agencia de turismo querendo negociar pacotes, fora da época de caça dos papagaios, para temporadas na casa mais isolada do mundo. Quem quer sossego não encontrará nada melhor. Também é um lugar ideal para mandar a sogra e todos os chatos conhecidos. Mas só de ida.

A CACHORRADA – Os cães estão tão integrados aos humanos que hoje eles têm praticamente tudo que nós temos. Vivem como um membro da casa. Só falta sentarem à mesa e fazer a refeição com os donos. Agora surgiu um novo serviço, aluguel de cães de guarda. Para quem vai viajar, quer ter mais segurança em casa, na chácara... É uma boa. Dá para escolher entre pastor alemão, dobermann e rottweiler. Os bichos são vacinados, vermifugados e treinados. Antes de serem entregues, passam por um período de adaptação no local onde vão ficar. É preciso ainda ter mordomias para as feras: uma área cercada com espaço protegido de sol e chuva. Gostou? 450 reais por mês de aluguel e todos os cuidados com o cão são por conta do cliente. Se não quiser ter trabalho, por mais 900 reais mensais, um tratador do canil vai todo dia para dar comida, trocar água, recolher o cocô.

TOALETE – Pe. Zebolawakas voltava à noite de um casamento quando sente uma vontade incontrolável de fazer xixi. Para no primeiro bar que encontra e ao entrar todos os botequeiros olham para ele curiosos. – Pelo amor de Deus, onde é o banheiro? O barman fala baixinho. Desculpe seu padre... É melhor o senhor não usar nosso banheiro. Lá tem uma estátua de uma mulher nua com uma folha de parreira cobrindo o sexo. Não vai agradar o senhor. – Ora, posso perfeitamente suportar esse objeto pagão! O padre entra no banheiro e quando ele volta todos batem palma e o chamam para beber. O que significa isso? Pergunta o padre surpreso. – Agora o senhor é um dos nossos, grita um jovem com uma garrafa na mão. – Mas como? Só porque usei o toalete? Sim. É que toda vez que alguém entra lá e levanta a folha de parreira, todas as luzes do bar ficam piscando!

MEU BOM GAROTO BOM – Parece que nasceu há 19 anos. E nasceu mesmo. Porém, sua conduta, opiniões, conhecimento, cultura... parece que tem bem mais. Como isso é possível? Com 19 anos eu era completamente diferente. Não gostava de ir pra escola, eu e uns e outros que jogavam no meu time. Quantas vezes a gente saia no intervalo, discretamente e ia sentar num banco da praia. Alguns iam com short por baixo, tiravam a roupa no banco e caiam na água. Eu mesmo fiz isso algumas poucas vezes. Mas não ficava a vontade. Sempre achava que podia passar uma amiga de minha mãe e até de meu pai e eles ia ficar sabendo, sem dúvida. Bem, por isso parei de ir á praia durante o horário de aula. Ia pra casa quando tinha aulas chatas e dizia que tinha acabado mais cedo. Meu garoto e seus colegas nunca fizeram isso. Nova geração! Acho que melhor que a minha.

Autor

Flávio de Senzi Jr
É publicitário e colunista do Jornal O Regional. E-mail: flaviosenzi@uol.com.br