Café Minuto - 21.07.23

LONGE... – Acho que todo mundo já teve vontade de ficar longe de tudo, num lugar distante, isolado. Quem sabe um arquipélago no meio do Pacífico, distante 3.845 km da Califórnia e a 6.195 km do Japão. Mas nem por isso numa ilha deserta como Robinson Crusué. Pois nesse fim de mundo há todo o conforto que a tecnologia e a vida moderna oferecem. Sacou qual é o lugar? Hawai, o paraíso dos surfistas, com ondas arrebatadoras, vulcões ativos, resorts luxuosos a beira de praias idílicas, belos passeios e aventuras. Ideal para um relax total com mil mordomias e muuuito longe dos “pobremas”. E paga-se a prazo em qualquer agencia de viagens. Vai encarar ou vai para o Guarujá?

CAMARÃO – Todos guardam na memória histórias que vivemos ou ouvimos de nossos pais na infância. Uma delas ouvi da minha mãe contando ao meu pai a morte de uma tia dela, que bateu as botas após comer camarão mal conservado. Nunca deixei de traçar um camarão por causa disso, mas lembro até hoje dessa história. Nem sei porque! Nem conheci essa tia. Bem, estava visitando minha querida Tia Maria, irmã de minha mãe e ela falava da mãe delas (minha avó) e de suas tias. Aí falei sobre a morte da tia do camarão. Ela olhou pra mim e disse – mas ela suicidou-se! Meu avô o pai delas me contou depois de muito tempo a história verdadeira. – Tia, então porque jogaram a culpa no pobre do camarão? Naqueles tempos não ficava bem dizer que alguém da família tinha se matado. Além do mais, para piorar, ela sofria de depressão e isso significava alguém que não batia muito bem. Por isso inventaram essa história. Enfim o camarão foi absolvido.

CHAMPANHE – Pierre Pérignon era um monge beneditino francês – claro com esse nome... – que fazia vinhos. Um dia chamou os outros – venham irmãos, estou bebendo estrelas. Pronto! Tinha acabado de criar o champanhe! Quem gosta da bebida – e quem não gosta - quando for a S. Paulo vá ao Sacra Rolha, uma casa especializada em champanhes, com luz de velas nas mesas. Um charme! Tem para todos os bolsos, desde uma taça a 10 reais, garrafa de espumante nacional a 32 reais, até o champanhe do monge, o Dom Pérignon, a 830 pilas que por esse preço bebe-se em conta-gotas. A Sacra-Rolha fica na Rua Rio Grande, 304. Eventualmente pode ter em restaurantes sofisticados, Erick Jacquim, Grupo Fasano, Le Jazz Brasserie, entre outros. Não esqueça de verificar sua conta bancária antes.

ACIDENTES – 2012 foi um dos anos mais seguros da aviação, desde 1945, segundo a Aviation Safety Network. Foram apenas 23 acidentes e 475 vítimas. Ou um acidente para cada 5,3 milhões de voos de acordo com a IATA – International Air Transport Association – É quase mais fácil ganhar na mega-sena do que acontecer um acidente aéreo. Em relação a 10 anos atrás foram 47% menos acidentes. Depois do elevador, campeão de segurança, o avião é o meio de transporte mais seguro que existe. Ainda que estando num tubo de metal, a 12 mil metros de altura, a 900 kms por hora, é mais seguro do que andar de carro. Mesmo assim, não entendo porque tem gente que se borra todo de medo de voar. E gostaria de entender, afinal sou um deles. Mas nunca me borrei.

CULINÁRIA – Sabe o que é “quenelle”? Eu não sabia. E não faz diferença saber ou não. Mas sabendo enriquece nossa cultura culinária inútil. Quenelle é uma iguaria da região de Lyon, na França, parecido com o nhoque italiano, só que feito de semolina de trigo duro e pode ser misturado com ingredientes como peixe, ave, cogumelos... E o que mais quiser inventar. Já o foie gras, escargot, queijos finos (como o brie) são conhecidas delicias da terra de Paul Bocuse e Alan Ducasse chefs franceses famosos. Pois quem vai a um restaurante francês em S. Paulo e pensa estar saboreando essas iguarias francesas, vai cair da cadeira. Elas vêm de cidades próximas de SP, onde são produzidas. Você e seu bolso vão agradecer. Deixando o charme francês de lado, a qualidade é tão boa quanto a francesa (desde que você nunca tenha experimentado) e mais barato. Um quilo de escargot paulista custa 290 reais. Um importado, 688, foie grass, 170 reais o quilo, importado 312. Mesmo assim, como são servidos em restaurantes sofisticados, Erick Jacquim, Grupo Fasano, Le Jazz Brasserie, entre outros, é bom verificar o cheque especial se está dentro do limite.

MALHO – Mardenela e Jodorelho estavam dando um malho dentro do carro. Jodorelho, já bem assanhado, pergunta a Mardenela – Benzinho, não quer ir para o banco de traz? - Não amor! E os amassos continuam... E Joaquim novamente – Mariazinha, não quer ir mesmo para o banco de traz? – Não, não quero Jodorelho. E a coisa esquentando cada vez mais, mão naquilo, aquilo na mão... Jodorelho a mil por hora. Tem certeza que não quer ir para o banco de traz minha tchutchuca? – Claro que não. Já te disse meu gostozão. – Mas porque minha fofucha? – Porque quero ficar aqui perto de você.

FUNERAL – O cara na rua vê passar um funeral estranho. Na frente vinha um caixão e logo atrás outro. Em seguida, um senhor sozinho com um pit bull na coleira. Atrás dele um longa fila de homens. Curioso, chega devagar ao lado do senhor e diz baixinho – Meus sentimentos, mas nunca vi um enterro assim. Desculpe a curiosidade, quem são os mortos? – No primeiro caixão está a minha sogra. Meu cachorro a atacou. No segundo caixão está a minha mulher. Ela tentou salvar a mãe... – Puxa! Sinto muito. Fez-se um silêncio consternador, os dois se olham e o cara diz – Me empresta o cachorro? E o senhor responde – entra na fila.

A VIAGEM – Um cientista holandês pretende enviar 4 voluntários a Marte. Será uma viagem sem volta. Sim. Ficarão lá e sua missão é preparar um suporte de vida para outras missões que irão a Marte iniciar a colonização. Já existem 40 voluntários aguardando lugar na fila. Vai ser uma barra! O ambiente marciano é bravo, falta oxigênio, temperatura média de – 63 graus entre outras durezas. A cada dois anos naves serão enviadas para reabastecer os voluntários de suprimentos. O custo estimado dessa loucura é de 6 bilhões de dólares e o cientista ainda não conseguiu arrecadar toda essa grana. Estão aceitando doações. Quem doar poderá indicar voluntários. A viagem é sem volta, mas não é preciso dizer a sogra jararaca, a cri cri da filha dela, o chefe ranzinza, o cunhado engraçadinho, o mala do vizinho, o cara que se acha... É uma boa chance de se livrar dos chatos.

IDOSOS – Boa parte da turma que já dobrou o Cabo da Boa Esperança, os sessentões são muito diferentes de seus pais. Continuam no pique em suas atividades físicas, emocionais, intelectuais e... sexuais. É o que mostra a Pesquisa Corpo, Envelhecimento e Felicidade (UFRJ/Faperj) feita com 1.600 “jovens” das classes A e B. O segredo? Manter-se ativo e levar uma vida saudável. Além disso, a evolução da medicina ajuda na boa saúde. Então velho é a...

Autor

Flávio de Senzi Jr
É publicitário e colunista do Jornal O Regional. E-mail: flaviosenzi@uol.com.br