CAFÉ MINUTO - 17.02.23

CARNAVAL – KD o melhor carnaval do interior de S. Paulo? Dá uma baita saudade dos carnavais passados. Desfile de carros alegóricos lindos do rei e da rainha, das princesas. Caminhões transformados em carros carnavalescos, corso com carros enfeitados com garotas sentadas nos paralamas, picapes com uma galera animada, as calçadas cheias curtindo o desfile, guerra de lança-perfume, blocos, escola de samba. Onde está a alegria contagiante de pessoas espontâneas. 4 noites de bailes no Tênis. Curti muito esse carnaval. Perdeu-se nas brumas do tempo. Hoje, o Tênis tem duas noites, sábado e 2ª, feira. Foi o que restou do melhor carnaval do interior. A cidade não tem nenhum minuto mais. Enquanto isso as cidades ao redor de Catanduva continuam animadas com desfiles, blocos, baile, 5 noites carnavalescas. Estranho, não?! Para não dizer que Catanduva ficou sem nada, ganhou o título de O Túmulo do Carnaval.

FREGUESES – Eu sei conservar meus fregueses, eles sempre voltam. E os seus? Os meus nunca voltam, tenho uma funerária.

BOBAGENS – Em uma cúpula Brasil-Europa, em Bruxelas, o representante do Brasil soltou um caminhão de asneira ao discursar aos europeus sobre o livre-comércio. Começou abrindo sua torneira de bobagens sobre a Zona Franca: “A Zona Franca de Manaus, ela está numa região. Ela é o centro dela porque é a capital da Amazônia. Ela evita o desmatamento, que é altamente lucrativo – derrubar árvores plantadas pela natureza é altamente lucrativo.” Sobre os homens, afirmou: “Os homens não são virtuosos, ou seja, nós não podemos exigir da humanidade a virtude, porque ela não é virtuosa, mas alguns homens e mulheres são, e por isso é que as instituições têm que ser virtuosas”. Imaginem o desafio do coitado do tradutor simultâneo para entender essas besteiras e a transcrição desses discursos sem pé nem cabeça, para os blogs brasileiros. Descobriu quem fez esse “brilhante” discurso?

A PROVA – O professor na prova final – Se você responder esta pergunta, nada mais perguntarei e você será aprovado. – Diga-me, quantos fios de cabelo você tem? O aluno – 248.838. – Como chegou a esse número? – Caro mestre, o senhor garantiu que faria só uma pergunta se eu respondesse. Trato é trato!

O DINHEIRO – Vizinho de um posto de gasolina numa região nobre da cidade, não aguentava mais as estrepulias noturnas dos frequentadores. O local se servia de ponto de encontro de várias turmas de jovens e também de policiais que patrulhavam as redondezas. As algazarras iam até tarde da noite, em especial nos fins de semanas. Cansado com essa situação, sem que ninguém resolvesse, resolveu ele mesmo o problema: comprou o posto e agora ele fecha todos os dias às 20 hs. Simples assim! Para quem tem dinheiro. E o comprador foi Abílio Diniz, bilionário, ex-dono do Pão de Açúcar e atual presidente de grandes empresas, como a BR Foods, holding, dona da Sadia e da Perdigão. O posto fica nos Jardins (Av. Europa, esquina com a Rua Peru). O dinheiro não só traz felicidade, como sossego também.

JUSTIÇA? – Um caso acontecido com uma juíza mostra como a justiça brasileira é uma caca. Parece brincadeira. Uma juíza da Bahia vinha sendo investigada. Quase 10 anos depois houve “milhares” de provas, gravações de conversas, transferência bancaria comprovando que a juíza recebeu grana pesada de um traficante de drogas colombiano, como propina para deixa-lo fora da cadeia. O Conselho Nacional da Justiça declarou a magistrada culpada por corrupção passiva e outros crimes e foi punida. Contenham agora o riso ou a indignação. Sua punição foi a aposentadoria compulsória com vencimentos integrais, coisa de 40 mil por mês, pago por quem? Por nós! Parece prêmio pelos anos de trabalho honesto e ético como deve ser um juiz. O que a juíza fez é crime. Qualquer outro cidadão poderia ser condenado até 12 anos engaiolado, agravada de mais um terço pelo artigo 317 do Código Penal. E porque não foi presa? Porque aqui é Brasil. A regra é essa e assim que funciona. Não se está fazendo favor nenhum favor a juíza. E cadê a justiça? Estamos aguardando há 523 anos.

O MONTE – A professora pergunta – Você sabia, Deco, que quando estava chegando ao Brasil, Cabral viu um monte? – Lógico, professora! diz ele. – E que monte era esse Deco? – Era um monte de índios!

A VIDRAÇA – A vizinha bate na casa de Toninho, fula de raiva. – Quem quebrou minha vidraça da janela? – Foi meu irmão, diz Toninho. – E como ele fez isso? – Ele se abaixou bem na hora em que joguei uma pedra nele.

A SECRETÁRIA – Executivo sai as 20 hs e vê sua secretária no ponto de ônibus. Estava garoando e ele parou oferecendo uma carona. Chegando ao prédio onde ela morava, ela agradecida, convidou-o a entrar. O senhor não quer tomar um drinque, um café? – Não obrigado. Já é tarde. A moça insistiu tanto que ele sem jeito acabou aceitando. Assim que chegaram ela pede licença para trocar a roupa molhada. Voltou toda cheirosa, deixando antever um belo par de pernas pela fresta do penhoar. Ela prepara os drinques e depois de vários deles, um monumento daqueles sentada com as pernas à mostra qual homem resiste? Após uma noite memorável, ele acorda as 6 da manhã. Leva o maior susto! Pega o celular, liga para sua casa, sua mulher atende e ele aos berros – Não paguem o resgate, consegui fugir!

COMO ESCREVER BEM – Uma professora e militante feminista escreveu o seguinte texto: “A passagem de uma explicação estruturalista em que o capital é entendido como estruturando as relações sociais de maneiras relativas homólogas para uma concepção de hegemonia em que as relações de poder estão sujeitas à repetição, convergência e rearticulação trouxe a questão da temporalidade para dentro do pensamento sobre a estrutura e marcou uma mudança desde uma forma de teoria althusseriana que toma as totalidades estruturais como objetos teóricos” Entendeu? Nem eu! Não precisava escrever tanto para dizer nada. Bastava algo simples, como: “Em matéria de principalmente tudo o mais são coisas. Partindo disso em última análise, o resto é secundário. Quando se escreve bobagens sobre nada basta ir direto ao ponto. Sem firulas linguísticas he... he... he...!

BEM RESOLVIDO – Dr. Orozelho e Dr. Pancranázio, dois famosos advogados se encontram na entrada de um motel, um saindo e outro entrando. Eles notam que um está com a mulher do outro. Logo após a saia justa Orozelho diz A Pancranázio – Caro colega creio que o correto é cada um ficar com sua mulher nesse momento. – Sim, concordo diz Pancranázio. Porém, tem um problema. Você está saindo do motel e eu estou entrando. Vamos ficar com nossas mulheres depois que eu sair também.

A BATATA – É originária da América. O rei Luís XVI foi quem contribuiu para sua aceitação com a ajuda de seu agrônomo, Augustin Parmentier. Ele criou um prato o hachis parmentier, feito de carne moída e purê de batatas. Deu origem ao escondidinho nascido em Pernambuco. Houve apenas a troca de ingredientes, mandioca e carne-seca. Há histórias de outros pratos da nossa culinária: a feijoada é uma delas

Autor

Flávio de Senzi Jr
É publicitário e colunista do Jornal O Regional. E-mail: flaviosenzi@uol.com.br