Café Minuto - 16/12/2022

O Último – Este é o último Café Minuto. Paro por aqui. Porém, antes que alguém diga “Pô que pena!” ou “Pô, até que enfim!”, esclareço: é o último de 2022. Vocês não se livrarão de mim tão fácil. Em 2023, se Deus quiser, como dizia minha saudosa mãe, continuarei com vocês toda semana. Escrever essa coluna é muito prazeroso. Quando estou no computador escrevendo essas linhas, com bobagens ou não, esqueço do mundo. É como se ele parasse só para eu escrever. Podem crer, é melhor do que Prozac sem contra indicação. Aliás isso é um Prozac de letrinhas. Eu tinha intenção de fazer um retrospecto do Café esse ano. Mas... Bobagem!!! Quem leu, leu, quem não leu leia em 2023.

Chegou – Ao fim mais um ano. Foi bom pra você? Médio né?! Ou ruim? Não importa. O importante é a saúde, é estar de pé e respirando para continuar trabalhando por dias melhores. O Natal está aí batendo na porta e 2023 logo atrás. Vamos dar um break em nosso Café, como fazemos todo ano, desde 2003. Porém, em 2023 estarei de volta lá por meados de janeiro, firme, forte e de pé... Estou na idade em que tenho mais passado do que futuro. E saúde passa a ser o presente preferido. Vou passar as férias na Pça. Da República.

Ninguém Merece - Mais blá blá blá. E como eu prezo todos vocês que me acompanharam ao longo desse ano esquecível, vou poupar a todos e a mim também de comentar o vazio de coisas inúteis. Vamos dar uma folga nesses últimos dias do ano para refletir, tomar fôlego e relaxar, se preparar para ano novo com a mudança de governo. Estou começando a me desconectar de 2022. E espero que vocês também. Vamos nos preparar para 2023 que pode vir chumbo grosso.

Papai Noel – Agora é hora de pensar nele e no peru, no tender, castanhas, nozes, avelãs, na champanhe... Numa boa ceia de Natal. Dessa vez, pedi ao Noel que traga um bom ano para mim e todos os brasileiros. Não sei se ele vai atender afinal dar um jeito no Brasil é coisa para o Divino. Mas quem sabe ele possa conversar com Ele e convence-Lo a melhorar as coisas para nós. Ou quem sabe até o espirito natalino de Noel possa convencer nossos políticos a serem éticos, honestos, corretos... Eu sei, estou pedindo demais, porém quando se perde a esperança o que resta?

Presente – É mais fácil dar presente para a família e para os amigos mais chegados. Diferente do que dar presente para amigo secreto. Eu não gosto. Teve ano que não consegui descobrir quem era meu amigo secreto e fiquei sem presente. Bem, facilita mais quando a gente gosta de tal coisa ou usa sempre a mesma coisa. Pronto! Todo ano você ganha a mesma coisa em versão diferente. Trabalhei anos de paletó e gravata. No Natal adivinha o que eu ganhava?? Abria o presente já sabendo o que era e com cara de surpresa dizia “Ah! Que legal”. E quem deu dizia “Gostou”? Como sei que você usa sempre... Ganhei dúzias de gravata, de todos os tipos: listradas, bolinhas, bolonas, com riscos, sem riscos, desenhos geométricos, lisa, estampada, de crochê, de seda, algodão, poliéster, larga, média, estreita, fina... Quando me aposentei pensei em fazer uma exposição. “A Evolução da Gravata no Mundo Contemporâneo. Mas infelizmente não consegui patrocínio. Não existia ainda a Lei Rouanet.

A Minha Tia – É outro exemplo de ganhar o mesmo presente no Natal. Ela sempre gostou de ler Coitada! Natal? E dá-lhe livros Tinha um armário cheio de livros. Um dia ela contou a minha mãe que a colônia dela estava acabando. E o Natal chegando. Minha mãe contou a minha irmã, que contou pra mim, que contei... Não deu outra, ganhou três naquele ano. E assim passou anos ganhando colônias. Até que alguém resolveu mudar, em boa hora e deu uma caixa de sabonetes. Ela estava cheia de colônias e adorou os sabonetes. E o que ela ganhou nos outros natais? Sabonetes! Por fim descobriram em seu armário um grande estoque de colônias e sabonetes para até o fim de seus dias. E quando chegou o Natal, adivinham o que ela ganhou? Livros!

Boas Comemorações – Desejo aos amigos leitores que as comemorações natalinas aconteçam sem nenhuma vexilologia. Tudo numa boa, sem esse palavrão aí. Ao contrário do que acontece vexilologia não é nome para quem dá vexame, nem quem sofre com vexame e nem a ciência que estuda o vexame. Sabe o que é? É o nome que se dá ao estudo das bandeiras em geral. E quem é estudioso de bandeiras chama-se vexilólogo. Até no Natal o Café ensina cultura. Eu e você aprendemos mais uma, apesar de não ter a menor importância. É cultura inútil.

Feliz Natal – A todos meus leitores e seus familiares, um Natal de luz (sem precisar ascender lanterna na cara), um Natal de paz, um Natal abençoado, com muitas alegrias e harmonia. Que Noel seja generoso a vocês e traga aqueles presentes que não se vendem por aí: saúde, amor, altruísmo, bom senso, compreensão, fé, esperança, humildade, felicidade... Que Deus esteja presente em cada um de vocês

Feliz Ano Novo - Toda a fé e esperança será preciso e necessária para atravessar mais um ano que se aproxima. Por isso pedimos a Noel para trazer um bom ano. Eu gostaria muito de poder comemorar, ao final de 2023, alguma melhora em nosso país, por menor que fosse. Por consequência, a vida de todos os brasileiros iria melhorar. É o meu desejo para o Brasil e para todos nós que fazemos parte da confraria do Café Minuto. Um 2023 de nova esperança, prosperidade, saúde e alguns desejos realizados, já que todos talvez no atual momento pode ser difícil. Tudo de bom a todos do bem, incluindo aí a direção de O Regional, nosso editor e a redação.

Feliz Tudo – E assim amigos encerramos mais um ano de CAFÉ MINUTO. Férias! Ah! Férias. E aí meu bom garoto pergunta “Papai você está aposentado como vai ficar de férias? Pois é meu garoto, aposentado não fica de férias, não entra de férias, está sempre de férias. Mas férias significa uma mudança de ares, sair da rotina, do lugar comum e fazer uma viagem, que é a melhor coisa que tem. Conhecer novos lugares, ou voltar naqueles que gostamos. É o que vou fazer. Já comprei um pacote de 10 dias para Xiririca da Serra, em hotel Top, sem estrela e pensão completa, com paredes, forro no teto, janelas, portas e camas. Encerramos o ano Cafeístico com bom humor, sempre com piadinhas de ocasião.

Em Breve – Dizem que aposentado está sempre de férias. Depende! Eu tenho dia que corro mais do que piloto de F I E nem é por causa do trabalho, já dependurei o terno, a gravata e o sapato social há tempos. É a rotina do dia a dia. E tem um detalhe, quando nos aposentamos, até nosso nome muda. Hoje me chamam de Jak. Não entendo porque! É Jak daqui, Jack dali... Jack você não está fazendo nada, quer fazer um favor? Vá até lá pagar uma conta? Na volta passa na padoca e compra pão de queijo. Então vou tirar férias do Jak, tirar férias das férias. Em janeiro, estarei de volta entre 2 e 31.

Autor

Flávio de Senzi Jr
É publicitário e colunista do Jornal O Regional. E-mail: flaviosenzi@uol.com.br