Café Minuto - 15/07/2022

MACARRÃO Sabia que o macarrão tem seu dia? 25 de outubro, dia do macarrão, aqui e em inúmeros países. Segundo a Associação Brasileira das Industrias de Biscoitos e Massas Alimentícias, o macarrão está presente em 99,3% das casas brasileiras. Os outros 0,7% acabou e não deu tempo para comprar. O macarrão chegou no Brasil pelos imigrantes italianos e foi logo adotado pelo sabor e praticidade. Hoje somos o 3º maior produtor do mundo. Em 1º é a Itália, lógico, em 2º a Península Italiana. Consumimos 6kg por pessoa. Já os italianos consomem 25,3 kg cada um. Não está nesses números o consumo no café da manhã e a ceia da noite. Diz a lenda que um italiano, Pietro Spaghetti, foi quem inventou o macarrão na Itália, mas morreu logo depois. Foram seus irmãos Giuseppe Capeletti e Giovanni Ravioli que divulgaram o macarrão pela Itália. Logo conquistou todos os moradores do que viria a ser a Itália, séculos depois. A origem do macarrão, no entanto, ainda é mistério. Há registros de antigas civilizações, como assírios e babilônios de um tipo de massa que poderia ter originado o macarrão. Porém, a versão mais famosa é de que o macarrão foi trazido da China por Marco Polo no século XIII. Adoro macarrão como bom descendente de italianos.       

SÓ ESTA NOITECrivonélio e Astrovilda não se conheciam, eram casados com outras pessoas. Quis o destino que numa viagem noturna de trem ficassem na mesma cabine. Tanto um como o outro estavam constrangidos com essa situação. Falaram poucas palavras e ambos cansados foram para seus beliches. Astrovilda em baixo e Crivonélio em cima e logo caíram no sono. Lá pelas 2 da madrugada Crivonélio acorda e se inclina com delicadeza cutucando Astrovilda. Ela acordou meio assustada e ele pediu desculpas pelo incômodo e pede a ela. – Você poderia me fazer o favor de pegar para mim no armário um cobertor extra? Tô morrendo de frio. Astrovilda responde na hora. – Tenho um ideia melhor. Só esta noite vamos fingir que somos casados. – Uau! É uma excelente ideia, exclama Crivonélio. – Ótimo! Responde Astrovilda. – Então levante-se e vá buscar você mesmo a po... do cobertor seu me...! Ele se levantou, pegou o cobertor e voltou ao beliche. Após um breve momento de silêncio soltou um petardo.                   

O FILÉEu era garoto e jantava com meu pai no restaurante de um hotel em que ele sempre se hospedava e conhecia todo mundo. Era um hotel tradicional e dos bons na cidade. Foi servida a refeição. Entre o pratos, havia uma travessa com dois filés. Meu pai pegou o de cima e pôs no meu prato. Eis que surge uma “apetitosa” barata frita em cima do filé de baixo. Ela estava entre os dois filés. Discretamente meu pai chamou o garçon e mostrou o inseto bem passado. O garçon levou a travessa embora, voltou, sugeriu outra carne. Sem chance! Acabamos comendo ovo frito, sem barata, com arroz e uma macarronada. Era nossa última noite no hotel e no dia seguinte caímos fora. O gerente pediu mil desculpas e disse que ia mandar o cozinheiro embora. No final das contas, não houve contas. Não cobraram nada e meu pai não soube se o cozinheiro foi ou não embora. Nunca mais apareceu.    

CINEMA EM CASASe proteja. Vem tiroteio aí. 'Inimigos Públicos' é um filme policial baseado em uma história real dos anos 1920. Um agente do FBI sai a caça de Dillinger, um perigoso assaltante de bancos. Audacioso e violento atraía a opinião pública a seu favor. Ele dizia retirar dos bancos dinheiro que eles roubavam do cidadão. Prender Dillinger tornou-se obsessão de J. Edgar Hoover, diretor do FBI. Dillinger se torna o inimigo público número um. Para ajudar na missão contrata um policial que também fica obcecado pela captura do bandido. Direção de Michael Mann. Johnny Deep é o criminoso. Christian Bale, o policial, e mais Marion Cottiliard e Stephen Graham. Um filme policial dos bons, que prende a atenção. Nas plataformas digitais, entre elas a Netflix. Prepare a pipoca e bom divertimento...  

PROCURA-SE MARIDOSaiu no conceituado jornal econômico, Financial Times, de Londres. Moça enviou um e-mail ao jornal pedindo conselho sobre “como arrumar um marido rico”. “Sou maravilhosamente linda, 25 anos, tenho classe e sou bem articulada. Quero me casar com alguém que ganhe mais de meio milhão de dólares por ano. Tem alguma mulher ou homem que possa me dar dicas? Já namorei homens que ganham 200... 250 mil dólares, mas com essa renda não vão me fazer morar no Central Park West. Conheço uma mulher que casou com um banqueiro e ela não é tão bonita e inteligente como eu. Como ela conseguiu?” “Raphaella S.”  

A RESPOSTA - O Editor do Financial Times respondeu: “Li seu e-mail, pensei em seu caso e fiz uma análise. Eu ganho mais de 500 mil dólares por ano, isto posto, sou o homem que você procura. No entanto, o que você oferece é um péssimo negócio, porque deixando as firulas de lado, sua proposta é uma negociação simples e clara: você entra com sua beleza e eu entro com o dinheiro. Mas é aí que está o problema. Sua beleza vai diminuir com o tempo até se acabar, ao contrário de meu dinheiro que aumentará. Assim, em termos econômicos você é um ativo em depreciação e eu sou um ativo rendendo dividendos. Sua depreciação será progressiva, sempre aumenta. Com 25 anos hoje vai continuar linda por mais 10... 20 anos... Hoje você está em “alta”, época ideal de ser vendida, mas não comprada. Pelo Wall Street, quem a tiver hoje deve mantê-la com “trading position” (posição para comercializar) e não como “buy and hold” (compre e retenha), que é o que você se oferece. Portanto, casar com você, em termos comerciais, não é bom negócio a médio/longo prazo. Mas alugá-la sim! Em termos sociais, seria namorá-la. Para certificar-me de que você é linda, articulada e com classe, eu como provável locatário, quero tão somente, o que é de praxe: fazer um “test drive” antes de fechar negócio. Podemos marcar? 

BIBLIOTECA VIVANa Dinamarca existem bibliotecas onde você pode pegar uma pessoa em vez de um livro para ouvir uma história por 30 minutos, de acordo como você é ou se sente no momento. Você pode estar desempregado, ser bipolar, refugiado, divorciado, viúvo, deprimido... Ao ouvir as histórias você percebe o quanto não se deve “julgar um livro pela capa”. Este é um projeto inovador e  brilhante. Está ativo em mais de 50 países. Chama-se Biblioteca Humana. Já pensou uma em S. Paulo? Seria a primeira no Brasil.  

CONSELHOS Não fale mal da sua esposa. Ela é sua companheira e amiga que está sempre ao seu lado para ajudá-lo a resolver problemas que você não teria se fosse solteiro. ### Quando tudo estiver ruim e não achar saída, lembre-se de duas palavras que abrem muitas portas> puxe e empurre. ### A gente sempre sonha em alcançar nossos objetivos. Então não perca tempo. Largue tudo e vá dormir. ### Se você não encontrou a mulher certa divirta-se com a errada mesma.

Autor

Flávio de Senzi Jr
É publicitário e colunista do Jornal O Regional. E-mail: flaviosenzi@uol.com.br