Café Minuto - 14/10/2022

MUDANÇAS CLIMÁTICASJá estão acontecendo. É bom saber que existe possibilidade de extinção humana. Os possíveis resultados catastróficos dessas mudanças, superaquecimento global, estão sendo perigosamente pouco estudados, sem ser levados a sério o suficiente pelos cientistas. Será porque quando isso acontecer nenhum deles estará vivo? E estão se lixando pra isso? Os cientistas argumentam que o mundo precisa começar a se preparar para a possiblidade do “resultado final” do aquecimento global. Eles fazem também um apelo à ONU para que seus cientistas investiguem o risco sério dessas mudanças. Quase todos os países assinaram o acordo climático de Paris que visa manter o aumento das temperaturas globais “bem” abaixo de 2ºC neste século e fazer esforços para mantê-lo abaixo de 1,5ºC. Os governos pedem para que os cientistas mostrem exatamente o que essa mudança significaria. Então... Os pesquisadores descobriram que os impactos de um aumento de 3ºC estão sub representados. Usando modelos climáticos nesse cenário, em 2070 2 bilhões de pessoas vivendo em áreas mais frágeis do mundo estariam enfrentando temperaturas médias anuais de 29ºC. Seriam afetadas duas potências nucleares e 7 laboratórios de segurança máxima que abrigam os patógenos mais perigosos do mundo. Além disso, haveria potenciais para efeitos desastrosos em cadeia atingindo inclusive a produção de alimentos. Fique tranquilo. Em 2070, não estaremos mais aqui. Inclusive quase todos nossos filhos que hoje têm 15 anos e muitos de nossos netos.   

DESCONFIADOSPesquisa inédita do Instituto Ipsos para saber a confiança das pessoas através da pergunta “Você confia no próximo?” a 22.500 pessoas em 30 países, adivinha quem ficou em último lugar? O Brasil! Somente 11% das pessoas responderam sim, muito abaixo da média global de 30%. Então, aqui é o país de se manter um pé atrás e o outro um pouco mais atrás. São vários motivos para nossa desconfiança. Parte deles vem do Brasil Colônia, por falta de um projeto comum entre nativos e portugueses na construção de uma sociedade sem harmonia onde prevalecia o conflito. A confiança surge numa relação comunitária com pessoas de objetivos semelhantes. O que não aconteceu, um lado temia ser escravizado e explorado pelo outro. A indiferença original da sociedade ao interesse coletivo resultou na criação de instituições capengas, sujeitas a manobras e interesses abrindo espaço para a impunidade. Não por acaso, a pesquisa do Ipsos mostra que a profissão com menor prestigio no país é do político. 63% dos entrevistados a consideram não confiável. Para complicar em ano eleitoral a polarização aumenta. Desconhecidos tornam-se inimigos. A China está em primeiro lugar em confiança. Quase 60% da população põe a mão no fogo pelo próximo (com luvas antichamas). Como? Devido ao Estado forte e a ênfase na coletividade por conta da estabilidade econômica e política. Ressalta-se também que as democráticas Holanda, Suécia, Irlanda, Suíça e Austrália estão entre os 10 países com maior índice de confiança.   

O ARGENTINO Brasileiro tomando café da manhã num hotel. Ao lado um argentino mascando chiclé puxa prosa. – Você come pão inteirinho? – Claro! – Na Argentina comemos só o miolo. A casca nós processamos, transformamos em cereal e vendemos para o Brasil. O brasuca quieto. – Você come geleia no pão? – Sim! Nós comemos só fruta fresca. A casca e o bagaço transformamos em geleia e vendemos para o Brasil. O brasileiro injuriado pergunta – E o que vocês fazem com as camisinhas? – Jogamos fora depois de usadas. – Nós processamos, transformamos em chiclé e vendemos para a Argentina.  

O BURRO E OS INTELIGENTES Quatro jovens foram a um sítio para comprar um burro. Queriam levar na Faculdade para zoar com os calouros. O matuto pediu 100 reais pelo animal e avisou que o burro era velhinho. Os jovens compraram mesmo assim. Combinaram de buscar o burro quando arrumassem pick up para carregá-lo. Após dois dias eles aparecem. Infelizmente, porém, o burro havia morrido. Os jovens pediram o dinheiro de volta, mas o matuto já havia gasto. – Vamos levá-lo assim mesmo. Faremos uma rifa dele. – Mas como? Pergunta o matuto. – Simples não vamos falar que ele está morto. Um tempo depois o matuto encontra os jovens na cidade. – E então conseguiram rifar o burro?  - Sim, vendemos 500 números a 5 reais e conseguimos 2.500 reais. – E ninguém reclamou? – Só o ganhador. Devolvemos os 5 reais a ele. Esses jovens, hoje, são deputados em Brasília. 

CHICO ANYSIO Como é a vida?!!! Um dos grandes humoristas do Brasil, talvez o melhor deles, Chico criou mais de 200 personagens. Ele foi embora deixando muita saudade aos fãs e uma boa herança. 10 anos após sua partida, aos 80 anos, deixando viúva e oito filhos com diferentes mulheres, seu patrimônio hoje não dá para pagar as dívidas acumuladas nesse tempo. Viúva e filhos travam uma guerra na Justiça, não pela fortuna de Chico, que virou pó. A questão agora é como pagar a enorme dívida que se acumulou em uma década de má gestão do patrimônio. Malgarette, a Malga, a viúva e os filhos repartiriam bens avaliados em 4 milhões de reais. Deu ruim. Estão tendo que administrar uma dívida de 7 milhões, boa parte em impostos atrasados. Desse total 1,4 milhão em IPTU e condomínios não pagos são responsabilidade de Malga que exerceu a função de inventariante por 5 anos e foi destituída. Ela é acusada de lesar os herdeiros. O pior é que a fatura pode ser bem maior. Eles não sabem qual é o montante real que desapareceu do espólio porque não houve prestação de contas por Malga, que não depositou no inventário. O caso está na Justiça. Malga alugou 3 lojas e um apartamento sem depositar na conta judicial. Levantou mais de 168 mil reais para quitar dívidas médicas e trabalhistas e nunca pagou ninguém. A briga entre Malga e os filhos de Chico é mais feia do que briga de foice e faca no escuro. Hoje o inventário está com um dos filhos de Chico, Bruno Mazzeo, filho de Alcione Mazzeo, que conheci em Santos e estudava no mesmo colégio que eu. Era lindíssima!!!        

FRASES CONHECIDASQuem foi criança já ouviu; quem é criança ouve; e quem será criança vai ouvir. “Lá em casa a gente conversa. Repete o que você disse. Eu só vou falar uma vez. Não tô pedindo, tô mandando. Não tem mais e nem menos. Já falei que é não e ponto final. Não fez mais que a obrigação. Então se todo mundo pular da ponte você pula também? Quantas vezes vou ter que falar? Não quero ouvir nem mais um pio. Se você não guardar suas tranqueiras eu jogo tudo no lixo. Na volta a gente compra. Não fala assim comigo que eu não sou suas amiguinhas. Você não é todo mundo. Você quer me deixar louca? Só pode! Quantas vezes vou ter que falar? Se eu for aí e achar esfrego na sua cara". Me deu saudade desse tempo, de minha mãe. Acho que ela me disse todas essas frases. E algumas outras que não foram anotadas.

Autor

Flávio de Senzi Jr
É publicitário e colunista do Jornal O Regional. E-mail: flaviosenzi@uol.com.br