Café Minuto - 07.04.23

BACALHAU – Bem, sexta feira santa é o dia do bacalhau. Aproveito e conto uma história real sobre bacalhau. Este era o apelido de um amigo dos bons tempos de colégio. Morava perto de casa e seu pai, português, tinha um armazém, o supermercado nesse tempo, que vendia bacalhau do porto, daí seu apelido. Mas ele não gostava quando o chamavam de Bacalhau. – Bacalhau, não. José Geraldo, seu nome. Ele era um cara muito legal, educado, gentil, não falava gíria... Seria um nerd hoje. Mas era desastrado. Tudo que acontecia, era o Bacalhau. Há histórias incríveis com ele, algumas engraçadas como esta. Eu, Bacalhau, Rogério, Gilson e Octávio estávamos no niver de uma amiga, um festão no salão de um prédio chiquérrimo, com um terraço de frente para o mar, onde ela morava. Estávamos numa rodinha papeando sobre as meninas, sobre a praia... Naquela conversa boa de adolescente da época. Nisso uma senhora servia salgados numa rodinha de meninas próxima a nós. Ela estava de costas para o Bacalhau e alguém perguntou do que era o bolinho. – É de bacalhau. Ele ouviu esse nome e imediatamente virou-se e disse – Bacalhau não! Meu nome é José Geraldo.

A REPORTAGEM – Num furo de reportagem (ou reportagem furada), descobrimos alguns fatos passados nos bastidores do Vaticano, quando da escolha do Papa Francisco. Dizem que os cardeais americanos dominaram o conclave e apoiaram a escolha de um cardeal brasileiro. Votaram então, no cardeal de Buenos Aires, por ser a capital do Brasil. Após a escolha de D. Bergoglio, este deu trabalho aos cardeais. Foi preciso muita conversa e pressão para que desistisse de se chamar Jesus II, pois pegaria mal. Daí, ele quis um nome que fosse primeiro e único entre os papas, por isso escolheu apenas Francisco e não Francisco I, para não haver outros futuros Franciscos. Depois ele queria liberar o bife de chorizo na 6ª. feira santa e trocar a hóstia por alfajor, para dar uma força a Argentina. Nos corredores do Vaticano comentavam, à boca pequena, que desde Judas não havia um argentino tão próximo de Cristo.

NA ARGENTINA – comentou-se que para provar que os argentinos são humildes, um deles aceitou um cargo abaixo de Deus. Com isso se tornou o homem mais importante do mundo e um dos mais importantes da Argentina. No plano político, como o papa é argentino, pretendem convidar o Vaticano para fazer parte do Mercosul.

EMAGRECIMENTO RÁPIDO – Merdálio liga para uma academia, que promete emagrecimento rápido e compra um programa de perda de 2 quilos. No dia seguinte lá está diante dele uma jovem linda, 20 anos, de biquininho, dizendo que está lá para ele perder os 2 quilos. Ela tem uma plaquinha pendurada no pescoço com a inscrição: “se você conseguir me pegar sou tua”. Merdálio dispara em direção a ela. Alguns quilômetros depois, sem fôlego ele desiste. E assim foi nos 3 dias seguintes. Ele não conseguiu pegar a garota. No quarto dia sobe na balança e vê que perdeu dois quilos, como prometido. Entusiasmado liga para a academia novamente e compra um programa de perda de 5 quilos em uma semana. Na manhã seguinte aparece a mais deslumbrante e sexy garota que ele já viu, quase sem roupa e a mesma plaquinha no pescoço: “se você conseguir...” Merdálio sai que nem um carro de F 1 atrás dela. Mas ela é um foguete e ele não a alcança, fica morto de cansaço. No quinto dia tinha perdido 5 quilos. Vendo o resultado compra o programa top, 10 quilos em 10 dias. O atendente avisa: “esse é o nosso programa mais rigoroso, o senhor tem certeza que quer adquiri-lo?” “Absoluta”, responde ele. No dia seguinte aparece um cara enorme musculoso, atlético, de sunguinha e com a chapinha: “se eu conseguir te pegar você é meu”.

MAIORIDADE – Os que são contra a redução da maioridade penal para 16 anos alegam que isso não diminuiria a criminalidade porque a causa é a desigualdade social, exclusão, pobreza, falta de oportunidades... Portanto, de nada adiantaria. Quem defende a redução, são os de sempre (para eles): “aselite”, conservadores, mídia, interesses políticos (quando de direita, quando de esquerda é interesse social). Sim, as mazelas sociais podem levar os adolescentes à criminalidade, mas não é tudo. Fosse assim, todos eles seriam criminosos. E, claro, devemos atacar as causas do problema. Mas... Se as causas não podem ser combatidas, vamos atacar os efeitos. Quando se está com dor, que é o efeito de alguma causa, tomamos remédio para aliviar. E vamos tentar combate-la. A sociedade, os cidadãos honestos não querem ficar a mercê das causas, de difícil combate. Então, ao menos que se amenize a dor. É provável que a criminalidade não diminua com a redução, mas ao menos eles não ficarão impunes. Mais uma coisinha: porque nos países adiantados, onde a desigualdade é menor, as oportunidades maiores, a maioridade penal é de 16 anos ou menos?

PARENTES – Joãozinho bebeu umas cervejinhas e foi pego numa blitz. Levado para a delegacia foi logo dizendo:- me soltem: meu irmão é da assembleia, em Brasília, minha irmã promotora e meu pai procurador. E ele foi solto. Na saída, um policial perguntou sobre seus parentes importantes. – Bem, meu irmão é da assembleia de Deus, minha irmã é promotora da Avon e meu pai é procurador de emprego.

REI LEÃO – O musical foi adaptação do filme da Disney, um fenômeno, ficou 16 anos em cartaz na Broadway, e foi encenado em 15 países, aplaudido por 66 milhões de pessoas e arrecadou 5 bilhões de dólares. Chegou a S. Paulo, numa superprodução de 50 milhões de reais e um elenco de 53 artistas. Foi o maior e mais caro musical que a cidade já viu. A montagem do espetáculo foi supervisionada por uma equipe de 35 integrantes da Disney, que acompanha todas as etapas, para que seja fiel a encenação da Broadway. As músicas eram de Elton John, com letras de Gilberto Gil. Ficou em cartaz no Teatro Renault na Av. Brig. Luís Antônio, 1530. Os espetáculos foram de 4ª. a domingo, preços entre 50 e 280 reais. Era caro, preços entre 50 e 280 reais. Bem mais barato do que ver na Broadway.

POLÍTICOS – As vezes, (ou sempre?) tem certas atitudes que torna difícil saber, para nós, meros eleitores mortais, o que se passa nos bastidores. Como essa, dos vereadores de Catanduva que engavetam um projeto do prefeito. Um deles, uma vez se fosse aprovado, permitiria a construção de um novo conjunto habitacional, com 1.500 casas. Dá para entender porque se recusaram a aprovar um projeto, de cunho social, que vai beneficiar famílias de baixa renda? Qual seria o motivo da recusa? Picuinhas oposicionistas? Birra com o alcaide? Mistéééério!!!

Autor

Flávio de Senzi Jr
É publicitário e colunista do Jornal O Regional. E-mail: flaviosenzi@uol.com.br