Café Minuto - 02/12/22
DEZEMBRO – É o último mês do ano e meu preferido. Mês do natal. Uma festa de luzes e cores. Enfeites e árvores de natal nas casas e em todos os lugares. Cidades promovem eventos em praças, em bairros, como acontece em Catanduva, ainda que com atraso nesse ano. As famílias se reúnem na noite de natal e as pessoas, por conta do espírito natalino, se tornam mais simpáticas, mais tolerantes, mais humanas. Muitas distribuem presentes em creches, asilos, comunidades... Ajudando os necessitados a ter um natal feliz. Bem que Papai Noel poderia fazer natais extras durante do ano. Quem sabe essa magia, esse encanto estivesse presente mais vezes no coração das pessoas. É o mês da virada do ano e as pessoas começam a desacelerar até o último dia do ano. Aí é festa! Em muitos lugares é quase um carnaval. Enfim, um mês humano, de alegria e presentes. Viva Dezembro!
CADÊ O CAPITÃO? – Não precisa, esse navio navega sozinho. É o início da navegação autônoma, uma nova era. Foi batizado de Mayflower, o mesmo nome da embarcação que partiu da Inglaterra em 16 de setembro de 1620 com 102 peregrinos para dar início a colonização dos EUA, que nem tinha esse nome. 400 anos depois, o Mayflower partirá no mesmo dia, do mesmo porto, Plymouth, em direção aos EUA. Será a primeira navegação autônoma. O Mayflower, a vela, navegou 5.600 kms, média de 6 km/hora, em 2 meses. O novo Mayflower navegará 3 vezes mais rápido, em três semanas. Possui painel de energia solar e gerador reserva a diesel. É controlado por IA desenvolvida pela IBM, conectada a seis câmeras e 30 sensores, dispensando tripulação. Será conduzido por um software que analisa informações vindas de radares, satélites e outros equipamentos ajustando seu percurso e velocidade. Evita a colisão com outros navios. O objetivo é comprovar a viabilidade de navios sem tripulação. Apenas passageiros. Também seria interessante usa-lo como navio fantasma, navegando sozinho sem ninguém a bordo.
AVENTUREIRO E GUIA – Depois de um dia de caminhada árdua, o aventureiro Cardamone, e seu guia, Guaiando, chegam ao alto de uma montanha. À noite, no acampamento, conversando com Guaiando Cardamone, diz – Você é um bom guia, conhece a região. Se por acaso eu sofresse algum acidente ou sentisse mal, como você faria pra me levar de volta com meus 100 quilos? – Sem problema... Ano passado, desci sozinho esta montanha levando nas costas uma anta de 200 quilos! – Sozinho?! Como conseguiu fazer isso? – Numas 10 viagens. ### O telefone toca à noite. Marido – Diz que não estou. Mulher – Ele está em casa. Pô! O que eu falei? Mulher – Era para mim.
ATRASOS – Como as obras públicas são enroladas!!! Depois de anunciadas as licitações demoram, quando não são impugnadas. Resolvido, cadê a liberação da verba? Liberada, o início das obras, demoram. E quando há suspeitas de superfaturamento, elas são suspensas. Superado, elas continuam, mas devagar quase parando, se não param de vez. Um dia, depois de mil adiamentos elas ficam prontas... Com atraso! O que nem sempre significa que pode ser utilizada. Aí descobrem falhas de projeto, desvio de dinheiro... E sem uso se deterioram. Um dia Deus fica com dó do povo e resolve iluminar as mentes responsáveis para que aquela obra comece a funcionar. O atendimento é feito mal e porcamente. Porque obra de empresa privada não acontece nada disso? Preciso responder?
SORTE – Não basta ter só talento. É preciso sorte. E as vezes nem talento, basta a sorte. Veja esse caso. Zeeba, nome artístico, estava num estúdio com um colega. Eis que aparece o famoso DJ e produtor, Alok e viu os dois garotos tocando ao violão uma baladinha de rock. Alok sentiu que o rock dos garotos poderia ser sucesso e perguntou a eles se poderia fazer um remix. O que originou foi algo que Zeeba jamais poderia imaginar. O rock recebeu o nome de Hear Me Now e virou farofa perseguindo os humanos até no elevador. Zeeba, um desconhecido, com barba e jeitão de hipster se converteu de repente na voz brasileira mais ouvida do mundo. Her Me Now acusa mais de 1 bilhão de execuções nas plataformas de streaming. No Spotify, é a musica mais ouvida da história com 580 milhões de audições. Só para comparar, Envolver, sucesso de Anitta, tem até o momento 100 milhões de reproduções. Então... Se Alok não tivesse aparecido naquele momento hein?! Os garotos estavam lá tocando seu rokinho.
RIVIERA – Bar em S. Paulo, na esquina da Consolação com a Paulista, foi inaugurado em 1949. De lá até hoje sempre foi famoso. Sim. Teve altos e baixos, mas sua aura sempre permaneceu. Durante a ditadura foi um bar famoso nos anos 70 e 80 por reunir várias tribos: artistas, comunistas, rebeldes sem causa, intelectuais, militantes, artistas, barbudos e cabeludos, pinguços, moças bonitas... Chico Buarque enxugou por lá muito uísque na juventude. Outra que estava sempre lá era Elis Regina. Em 2006 virou um boteco sujo, decrépito e fechou. Pois como um phenix, ressurgiu em 2013, todo reformado e mantendo suas características originais, sob comando de dois experts do ramo, Alex Atala e Facundo Guerra. Hoje pertence a José Victor Oliva, o rei da noite, entre 1980 e 1990. Resultado: virou um “must” de músicos e engravatados de todas as espécies, celebridades e candidatas a... E todo um mundinho fashion. E felizmente, de moças bonitas! Nunca mais fui lá. Mas voltarei ainda.
O COMANDANTE – Num voo saindo de Chanangaia, no extremo norte do país, o único meio de transporte uma vez por semana, o comandante (um gaúcho) liga o microfone e fala aos passageiros. “Buena indiada”. Aqui é o comandante. Este é o voo Penalty 008, com destino a S. Paulo. Nesse momento “tamu vuando” a 9 mil “metro” de altitude, velocidade de 860 km/hora e “jastemu” sobrevoando... Ohhhpaaa!!! Barbaridade!!! Dezulivreee!!! Meu Deus que burrada!!! Nããããooo!!! E os passageiros ouvem gritos pavorosos seguido por um barulhão. Um tempo depois, o comandante volta a falar meio sem graça. – Bah! Me desculpem “xiruzada” pelo esparro aqui na cabine, mas escapou da mão a cuia do chimarrão que caiu em cima da minha calça. “Sacumé”, água quente ... Me queimou bem ali. “Vocêis” precisam ver como ficou a parte da frente de minha calça. Nisso grita um passageiro lá do fundo. Seu gaúcho FDP. E você precisa ver como ficou a parte de trás da minha calça.
PROTESTOS – A onda de protestos se alastra por todo o Brasil. Até pequenos lugares pra lá de Deus me livre estão protestando. É o caso de Massaranduba da Serra, Tocotô do Norte, Águas Emendadas, Xiririca do Alto, Vista Turva do Sul, Caixa Prego City e Churureca do Oeste... O que sabem é que já estão cheios de partidos e políticos que querem cobrar dos coitados pra trazer benefícios ao povo, dizendo ser “defensores dos anseios do povo” Esse povo já cansou dessa conversa do faz de conta. Deram um chega pra lá. Os políticos estão cada vez melhores de vida a custa desse pessoal humilde.
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