Cães causam perigo
O caso em que um pitbull atacou e matou um poodle exige atenção das autoridades. Mas o fato aconteceu no dia 15 de maio e, até aqui, parece que foi só mais uma tragédia que teve como vítima um animal pequeno e indefeso. Talvez, só conjecturando, se o alvo tivesse sido uma criança, também pequena e indefesa, o barulho seria outro. Certamente bem maior. Roseli de Oliveira Alves, que era a tutora do animal que perdeu a vida, cita também o risco que crianças e idosos correm com animais desse tipo soltos pelas ruas – o que inclui pessoas em situação de rua que perambulam pelas praças à noite. De uma forma ou outra, o que aconteceu pode ser considerado um ato criminoso à medida que o tutor tem responsabilidades a cumprir ao manter em casa e até soltar pelas ruas sem qualquer tipo de proteção um animal que tem tamanho e força para, por exemplo, matar uma pessoa. O caso que envolveu o poodle Théo, infelizmente não é único. Tanto é que outro ocorreu, também recentemente, vitimando o cãozinho Thedy, um shih tzu. O agressor, por coincidência, era um pitbull. Em postagem nas redes sociais, a vereadora e protetora de animais cita a lei federal 2.140, de 2011, que exige o uso da focinheira e estabelece regras de segurança para a condução responsável de cães de grande porte ou de raças consideradas perigosas. Ou seja, vale dizer que há embasamento legal para fazer com que tutores sejam responsabilidades pelos atos de seus cães. Isso precisa acontecer, a partir das devidas investigações policiais, para que as mortes dos dois cães não fiquem impunes e, do mesmo modo, que essas tragédias sirvam de exemplo para que outras possam ser evitadas, envolvendo pitbulls ou outros quaisquer que ameacem a vida.
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