Cadê o diálogo?

As informações não estão transparentes, mas a forma como a Prefeitura de Catanduva parece ter conduzido o diálogo, se é que ele existiu, com a creche Antônio Nelson Zancaner, foi dos piores possíveis.

Pelo que a reportagem de O Regional apurou com algumas fontes, os gestores da unidade não sabiam que o convênio com a municipalidade seria encerrado ao final deste ano. Quando houve boato neste sentido, eles teriam buscado a confirmação junto à Secretaria de Educação, mas tiveram a negativa. Como resultado, pais e professores da creche seguiram suas vidas normalmente, sem se planejar para a futura mudança que os esperava.

Os que moram nas proximidades da escola, como os do bairro Theodoro Rosa Filho, por exemplo, já estão preocupados com a distância que terão de enfrentar para levar seus filhos à aula – muitos deles sem possuir veículo próprio.

Quanto ao atendimento dessas crianças, a Prefeitura diz apenas que “outras ações estão em análise”, mas é bem possível que ninguém saiba ainda o que será feito.

O que se tem de concreto é que Catanduva perde duas instituições tradicionais da área de Educação Infantil, mas, felizmente, no caso do Educandário José Zancaner, a mudança abrirá portas para que o projeto Corujas do Bem, que já é referência, se fortaleça e dê início a nova etapa no atendimento às crianças autistas e com outras síndromes de Catanduva e região.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.