Caça aos faltosos
As faltas em consultas e exames agendados geram vários prejuízos significativos para o sistema de saúde. Tecnicamente, o principal talvez seja o desperdício de recursos, já que o horário reservado para o paciente que faltou fica ocioso. Isso significa que o tempo do profissional de saúde (médico, enfermeiro, técnico), a sala de consulta ou exame e os equipamentos ficam parados, representando desperdício de recursos valiosos e caros. Tanto no sistema público quanto no privado, a falta gera custos. No SUS, representa dinheiro público investido que não resultou em atendimento. Em clínicas privadas, pode significar perda de receita. Além disso, o reagendamento também gera custos administrativos. Ao mesmo tempo, há aumento da fila de espera, pois a vaga que não foi utilizada poderia ter sido oferecida a outra pessoa que também precisa de atendimento. Ou seja, as faltas contribuem para aumentar o tempo de espera para todos, dificultando o acesso ao cuidado. A ausência na consulta ou exame ainda pode levar ao atraso no diagnóstico e no início do tratamento, o que pode agravar a condição de saúde do paciente. Isso pode resultar na necessidade de tratamentos mais complexos e caros no futuro – ou seja, voltamos ao ponto financeiro. Pra completar, as faltas desorganizam a agenda dos profissionais e das unidades de saúde, dificultando o planejamento e a gestão eficiente dos serviços. A verdade é que faltar a um compromisso de saúde prejudica a eficiência do sistema, impacta financeiramente, aumenta as filas e pode comprometer a saúde do próprio paciente e de outros que aguardam atendimento. Se não puder comparecer, o ideal é sempre avisar com antecedência para que a vaga possa ser remanejada. É esse justamente o moto de campanha contínua feita pela Fundação Padre Albino e do recém-lançado “Faltômetro”, que passa a ser adotado pela Secretaria de Saúde de Catanduva para mostrar números reais desse problema.
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