Cabo de guerra

A questão da adequação salarial ao piso nacional dos professores virou um verdadeiro cabo de guerra. A Prefeitura puxando para um lado, apoiando-se em seus interesses financeiros e com a promessa de reestruturar cargos e níveis para, aí sim, contemplar a categoria. Enquanto isso, o Ministério Público coloca-se ao lado da categoria e move ação na Justiça para exigir a adequação da legislação municipal, que não prevê os reajustes anuais conforme índice do MEC.

Apesar da negativa da Justiça à liminar pleiteada pelo MP, a verdade dessa história é que os professores estão bravos e/ou decepcionados. Ou um pouco de cada. Aqueles que conversaram com a reportagem manifestaram decepção por ter que esperar toda essa definição acontecer e confidenciaram que esperavam mais. Não dinheiro, mas um gesto de valorização, algo que está passando longe de acontecer.

O sentimento talvez seja bem semelhante àquele sentido pelos profissionais da Enfermagem, que estão com os olhos voltados para a votação de projeto de lei que cria o piso nacional para a categoria pela Câmara dos Deputados, em Brasília. Eles também carregam certa amargura com as santas casas e hospitais filantrópicos que, segundo relatam, não se posicionaram verdadeiramente a favor dos trabalhadores. Tristeza de um lado, lamúria de outro e, em comum, a luta pelos direitos que, historicamente, são vilipendiados.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.