Segundo a enciclopédia livre Vikipédia, bordão, é uma expressão comumente repetida por alguém, ou algo, sempre em uma determinada situação. É uma palavra ou locução esvaziada de sentido e sem função morfossintáctica, que se usa ou repete no discurso, geralmente de forma inconsciente ou automática, por vezes como forma de apoio em momentos de hesitação, esquecimento ou reformulação do pensamento.

Nossos narradores esportivos tanto de rádio como da TV são pródigos e campeões em usar determinados bordões que já se tornaram marcas registradas. Vamos destacar alguns deles ainda em uso e outros que morreram junto com os seus criadores: Na TV: “Olha o gol, olha o gol...” (Galvão Bueno-Globo) – como se não fosse possível ver o gol!!!; “hoje não, hoje sim!” (Cleber Machado-Globo) –  e ontem e amanhã, como foi ou será? sabe de quem????? (Luis Roberto-Globo, plagiado do locutor esportivo Edson Callegares, que trabalha na rádio Cultura FM de Santos) – se soubesse não precisava de narrador (ops!); “estamos chegando na hora da verdade” e “agora não perde mais!” (Téo José-SBT) – e, quando foi a hora da mentira?; “pelas mães dos meus filhinhos” e “olha o lance” (Silvio Luiz). 

NO RÁDIO: “É fogo é fogo, é golll” e “Arem-se as cortinas e começa o espetáculo” (Fiori Gigliottti-marcou época na Rádio Bandeirantes); “ripa na chulipa” e “pimba na gorduchinha” (Osmar Santos-marcou época na Rádio Globo); “falouuuu, tá fadoooo...” (Nilson Cesar-Jovem Pan); “ele foi lá e encheu o pé” (José Silvério-ex Rádio Bandeirantes); “mais o que é isso? (Ulisses Costa-Rádio Bandeirantes); “pro gol” (Oscar Ulisses-Rádio Globo/CBN); “se for por gol, me chama que eu vou” (Dirceu Maravilha-Rádio Record).

É claro que existem muitos outros Brasil afora, cada qual identificando a marca registrada do narrador que o criou, inclusive muitos regionais com vocábulos próprios do lugar. Como se vê, a língua é rica e o futebol é capaz de avivar a criatividade em todos os sentidos.