Cidade ideologicamente conservadora, Catanduva mais uma vez deu votação expressiva a um candidato de direita na disputa presidencial. Jair Bolsonaro (PL), que disputava a reeleição, conseguiu impor larga vantagem no município sobre seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acabou sendo vitorioso no pleito. Ainda assim, nem tudo foi perfeito para Bolsonaro em Catanduva. Ele ganhou, mas com quantidade absoluta e percentual menores do que em 2018. Quatro anos atrás, Bolsonaro alcançou quase 50 mil votos na cidade, o equivalente a 79% dos votos válidos. Ontem, seus aliados esperavam que ele repetisse esse desempenho, fato que não se concretizou. No percentual, Bolsonaro obteve 10% a menos que em 2018, ficando com 69% dos votos válidos. No absoluto, ele alcançou o apoio de pouco mais de 46 mil catanduvenses. Essa tendência de redução na votação do capitão reformado do Exército acabou se repetindo na maioria das cidades do Interior de SP, onde ele ganhou, mas com vantagem um pouco menor em relação a 2018. Situação que pode ter sido decisiva para sua derrota nas urnas. Em contrapartida, o PT conseguiu melhorar seu desempenho em Catanduva. Pela primeira vez nas últimas décadas, um candidato da legenda ultrapassou a marca de 20 mil votos na eleição presidencial. Em 2018, por exemplo, Fernando Haddad - que, neste ano, disputou o segundo turno para governador, não se elegendo) - alcançou pouco mais de 13,3 mil votos no município. No primeiro turno, Lula já havia obtido 18,9 mil votos e conseguiu melhorar um pouco seu desempenho localmente. Haddad também avançou de um turno para outro, passando de 14 mil para 19 mil votos. O mais votado para o governo de São Paulo em Catanduva foi Tarcísio de Freitas, com 44 mil votos. A eleição para o Palácio dos Bandeirantes registrou menos votos válidos na cidade do que a para presidente, fenômeno também ocorrido no primeiro turno.