Bebidas adulteradas
O súbito aumento de casos de bebidas alcoólicas adulteradas e intoxicação por metanol no país revela uma falha grave na fiscalização e no controle da cadeia produtiva de bebidas. A falta de rigor e a negligência permitem que produtos de origem duvidosa cheguem aos consumidores, colocando em risco a saúde e a vida de milhares de pessoas. Muitos clientes, na busca por preços mais acessíveis, acabam comprando bebidas sem saber sua procedência, acreditando que a origem é lícita. Essa falta de informação e a ausência de fiscalização abrem espaço para a atuação de criminosos que adulteram bebidas com substâncias tóxicas, como o metanol, que pode causar cegueira, danos neurológicos e até a morte. É preciso que as autoridades intensifiquem a fiscalização sobre o comércio e a distribuição de bebidas, desde a produção até a venda ao consumidor final. É preciso rastrear a origem dos produtos, verificar a qualidade dos ingredientes e combater a falsificação e a adulteração. Também é fundamental conscientizar os consumidores sobre os riscos de comprar bebidas de origem duvidosa e sobre a importância de verificar a procedência dos produtos. A saúde e a segurança da população devem ser prioridade. Aliás, se vivêssemos em um país mais sério, isso tudo já seria realidade e não precisaríamos dizer o óbvio. Infelizmente algumas coisas só acontecem depois que o pior vem à tona ou que, como nesse caso triste, após algumas mortes. Quem não se lembra do caso da Boate Kiss e do corre-corre que virou para fiscalizar casas noturnas após a tragédia? Será que as coisas estão corretas até os dias atuais, com vistorias rigorosas por todo o país? Sinceramente, é de se duvidar bastante.
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