Bastou ter boa vontade

Escrevemos no ano passado que não havia motivos para que os alunos da Univesp estivessem passando por maus bocados, sem qualquer respaldo da administração municipal. A falta de um orientador de polo, mais do que um entrave burocrático, mostrou-se um verdadeiro deslize da administração do prefeito Padre Osvaldo de tão fácil que foi para resolvê-lo. A punição dada pela Univesp, muito além de vexatória para o governo, prejudicou jovens catanduvenses que não tiveram a instituição de ensino como opção, no ano passado, para a escolha de uma carreira. Até onde consta, foi colocada uma estagiária no polo local que está cumprindo seu papel no auxílio aos alunos e, pronto, os vestibulandos têm de novo novas vagas para formação superior à disposição. Foi simples, não foi? Com certeza nem doeu, pois todo mundo sabe que é simples para o poder público contratar estagiários ou, ainda que não fosse essa a saída, qualquer outro gestor afeito à área da educação certamente acumularia suas funções diárias à administração do polo que tem suas atividades quase que integralmente no mundo virtual. A atenção que a Univesp e seus alunos dependia mesmo da boa vontade da administração pública, que talvez tenha esquecido de dar continuidade em projeto conquistado pela gestão anterior. Não estamos em tempos de abrir mão de cursos superiores ou profissionalizantes: a falta de mão de obra qualificada é tema recorrente na mídia e entre empresários dos mais diversos setores. Catanduva não podia ter se dado ao luxo de ficar de fora do vestibular da Univesp e, felizmente, voltou a figurar entre os polos com vagas abertas este ano – e são 135 vagas, bem acima do número visto nos anos anteriores. Catanduva saiu ganhando e os estudantes ainda mais.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.