Policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Catanduva cumpriram mandado de busca e apreensão domiciliar e prenderam em flagrante homem que descumpriu medida protetiva e manteve sua ex-esposa em cárcere privado e sob ameaça por pelo menos dois dias. A ocorrência expõe mais um caso de violência contra a mulher que, felizmente, teve desfecho favorável à vítima. O problema é que isso não significa que tudo acabou. Invariavelmente esses agressores voltam às ruas e continuam a importunar e violentar física e/ou emocionalmente suas esposas, ex-esposas, namoradas ou outra mulher qualquer que tenham interesse. Basta ver o caso de Vitória Regina de Souza, de 17 anos, morta em Cajamar, e cujas investigações apontam para uma obsessão do autor do crime pela jovem. No celular do suspeito foram encontradas fotos da adolescente e de outras garotas com características físicas semelhantes. As investigações também descobriram que o suspeito, vizinho da vítima, visualizou postagem feita por Vitória, no Instagram, quando a jovem esperava pelo ônibus que a levaria de volta para casa. Segundo as autoridades, o investigado é um psicopata e, por isso, teria agido sozinho no crime. A insegurança enfrentada pelas mulheres e os altos índices de violência e de feminicídios do país é uma realidade com a qual a sociedade precisa lidar. O enfrentamento precisa ser mais duro, e as condenações mais incisivas, mas o grande investimento mesmo precisa ser na prevenção. A sociedade precisa intervir, proteger, denunciar e as forças de segurança precisam estar prontas e aparelhadas o suficiente para encaminhar investigações e agir com rapidez para salvar a vida dessas mulheres. No episódio em Catanduva, a Polícia Civil atuou de modo eficiente e resgatou a vítima, impedindo que algo de pior acontecesse. A Justiça, agora, precisa fazer sua parte.