Avatar volta com novas cenas; A Mulher-Rei é lançamento inédito

Com o relançamento de Homem-Aranha – Sem Volta para Casa, ainda em cartaz, um filme um pouco mais antigo – maior bilheteria mundial de todos os tempos, Avatar, voltou a ser exibido nos cinemas nesta quinta, Avatar está em três salas em 3D no CineX, no Shopping de Catanduva.

Sem contar que os cofres da Disney estarão um pouco mais cheios e o relançamento que conta com cenas extras, Avatar tem o objetivo de lembrar o pública da franquia de James Cameron, que prevê, dia 16 de dezembro, nos cinemas de todo o mundo, Avatar 2: O Caminho da Água. O elenco terá o retorno de Sam Worthington como Jake Sully; Zoë Saldana como Neytiri, Sigourney Weaver como a filha adolescente dos protagonistas, entre outros. São previstos cinco filmes nos próximos anos.

Mas não apenas de relançamentos vive o cinema. A novidade é o épico baseado em fatos reais A Mulher-Rei. Dirigido por Gina Prince-Bythewood (De A Velha Guarda), o filme é estrelado por Viola Davis, no papel da general Nanisca. Ela comandava um grupo de elite de mulheres guerreiras do Reino de Daomé (atual Benin), na África, nos séculos 18 e 19. As guerreiras Agojie, como eram conhecidas, inspiraram a criação das Dora Milaje, as amazonas fictícias de Pantera Negra, da Marvel.

A maior parte dos cidadãos não ousava elevar os olhos para as guerreiras, que integram a guarda do rei Ghezo (John Boyega) e moram dentro das muralhas de seu palácio, num alojamento especial. A general recebe muita atenção dor rei, o que desperta ciúmes até de sua esposa favorita, Shante (Jayme Lawson).

Outras guerreiras se destacam, como Amenza (a ugandense Sheila Atim), a fiel lugar-tenente da general, e a intrépida Izogie (Natasha Lynch), que treina novatas como a impulsiva Nawi (a sul-africanaThuso Mbedu). Além da ameaça iminente dos europeus, o reino acumulava conflitos, como contra o império Oyo.

As Agojie eram sua arma secreta do Daomé e intimidavam os inimigos. Há conflitos não resolvidos entre Nanisca e o general inimigo Oba Ade (o nigeriano Jimmy Odukoya). As transgressões de Nawi também fornecem material para que se insinue algum romance, no caso, com Malik (Jordan Belger), filho de uma mulher do Daomé que veio ao país com o português Santo Ferreiro (Hero Fiennes Tiffin), um mercador de escravos do Brasil.

O filme não esconde que parte da riqueza do Daomé era obtida pela venda de prisioneiros de guerra como escravos aos mercadores europeus, acrescentando à aventura uma camada de crítica. A general tenta convencer seu jovem rei a abrir mão desse comércio nefasto, substituindo-o pela troca de mercadorias como o azeite de dendê.

Filmado na África do Sul, com elenco majoritariamente africano, A Mulher-Rei foi definido pela protagonista, que se submeteu a um intenso treinamento, a épicos como Coração Valente, Gladiador e O Último dos Moicanos com uma pitada de feminismo.

Autor

Sid Castro
É escritor e colunista de O Regional.