Avatar: O Caminho da Água tenta revolucionar novamente a tecnologia 3D

Exibido no CineX, no shopping de Catanduva, em setembro, Avatar (2009) refrescou a memória do público para o grande lançamento que há mais de dez anos o cineasta James Cameron preparava, e promete revolucionar novamente o cinema. Avatar: O Caminho da Água é tão grandioso quanto o primeiro filme e promete continuar em outros cinco filmes. O diretor de Titanic e O Segredo do Abismo tem intimidade com a água, que se torna o tema dos nativos azuis do planeta Pandora, totalmente integrados à natureza, mas que os ambiciosos terráqueos querem explorar.

A tecnologia 3D desenvolvida para esta continuação é impressionante, do fundo dos mares de Pandora e suas incríveis criaturas, até a lua do planeta. Ao invés do conflito entre os militares da Terra e os nativos (o que fazia Avatar parecer uma versão espacial de Dança com Lobos, de Kevin Costner), o filme se concentra nas histórias envolvendo famílias dos na’vis, principalmente Jake Sully (Sam Worthington), o militar terrestre que abandonou a forma humana para defender Pandora. Ele formou família com Neytiri (Zoe Saldaña), e com ela teve filhos e filhas. Mas isso não significa que os terráqueos desistiram de Pandora. Metamorfoseados em corpos azuis, os “seres do céu” retornam com o objetivo de destruir os na’vis para ocupar o planeta, já que a Terra está ficando inabitável.

Os humanos transformados que pousam na floresta são liderados por Quaritch (Stephen Lang), que tem rixas antigas com Jake e ameaça sua família. Para protegê-los e também aos outros de sua aldeia, Jake foge com a mulher e filhos, levando Spider (Jack Champion), um menino humano que ficou para trás quando os terráqueos abandonaram o planeta, vive no laboratório, mas é afeiçoado às crianças na’vis. O refúgio será com o “povo da água”, no recife Metkayina, liderado por Tonowari (Cliff Curtis) e sua esposa Ronal (Kate Winslet), que não os recebem muito bem, a princípio. Para poder ficar com eles, os Sully precisam aprender a passar longos períodos debaixo da água. Destaque para Sigourney Weaver, que interpreta uma menina chamada Kiri, e que nunca conheceu sua mãe, dormente num tanque. Sua história poderá ser melhor explorada nas futuras sequências prometidas pelo diretor.

Com cerca de três horas de duração, o filme não deixa de exibir toda a grandiloquência de Cameron: Avatar 2, além de referências ao seu próprio Titanic, a sequência é mais longa e mais azul do que o original, com efeitos ainda mais sofisticados e impressionantes. É tanta coisa, que você mal percebe o roteiro não tão profundo quanto as águas do extraordinário planeta Pandora.  

Autor

Sid Castro
É escritor e colunista de O Regional.