Aumento para o magistério

Todo mundo sabe da importância dos professores. Ainda que nem todo mundo faça valer essa valorização, quando tem poder para tal. A discussão levantada no ano passado sobre o piso salarial fez com que muito se falasse, mas praticamente ninguém colocou-se contra a essência da questão – que é o fato de que os educadores precisam ser mais bem pagos. Por outro lado, a correção no piso salarial da categoria teve todo tipo de oposição, a começar da Confederação Nacional dos Municípios, a CNM, que ontem uma vez mais colocou-se contrária ao pagamento por entender que a forma que ele está sendo feito, por uma portaria federal, não tem base legal e, na visão da entidade, coloca os prefeitos em risco. Quer pagar? Faça uma lei municipal e pronto, disse o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, na coletiva acompanhada por O Regional. Ao menos assim, segundo ele, a parte burocrática estará superada, restando para o gestor público solucionar as questões fiscais e financeiras, de forma a não estourar o teto de gastos com a folha salarial do funcionalismo. A própria Prefeitura de Catanduva de uma certa forma fez uma espécie de “manobra”, no ano passado, para não onerar demais sua folha, usando a gratificação do Fundeb, que já existia, para alcançar o piso estabelecido pelo MEC. Ou seja, com tal abono ficou mais fácil chegar ao patamar. Resta saber como será agora? Que rumo tomará o prefeito Padre Osvaldo diante desse novo reajuste? A Prefeitura vai bancar o aumento? Questionamos a administração e não obtivemos resposta. Era esperado, afinal, por mais merecedores que os profissionais do magistério sejam, o tema tornou-se pra lá de espinhoso.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.