As vacinas e a verdade
Atenção para essas informações, caro leitor, que valem o replay. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2015 e 2021 o número de crianças vacinadas com a primeira dose contra a poliomielite caiu de 3.121.912 para 2.089.643. Já para a terceira dose, no mesmo período, os números reduziram de 2.845.609 para 1.929.056. Com isso, a cobertura vacinal contra a doença recuou, no período, de 98% para 67%.
Para o Conselho Nacional de Saúde (CNS), a imunização insuficiente resultou também no retorno do sarampo ao Brasil. O país havia ficado livre da transmissão autóctone [que ocorre dentro do território nacional] do vírus causador dessa doença em 2016. Porém, a combinação de casos importados e a baixa cobertura vacinal levaram o Brasil a ter um surto, que, desde 2018, tirou a vida de 40 pessoas, principalmente crianças.
A despeito de qualquer movimento antivacina ou “negacionista”, só para usar termo recorrente durante a pandemia, esses dados são preocupantes e reforçam a importância da vacinação. Também nos levam a refletir e reavaliar que tipo de evolução ou involução está em andamento na sociedade e qual futuro queremos para nós e os nossos.
Não à toa, nova campanha está sendo lançada pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas e OMS), em parceria com conselhos de saúde de âmbito nacional, estadual e municipal, a 'Vacina Mais', com claro intuito de incentivar a vacinação e reforçar que todos os imunizantes oferecidos pelo SUS são testados, aprovados e seguros. E mostrar que, sobretudo, as notícias falsas devem ser desmentidas porque levam muitas pessoas à morte.
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